Depois de ver a própria mãe ser
morta pelo marido, seu padrasto, um menino de sete anos foi obrigado a ficar
três dias trancado junto ao corpo da mulher de 36 anos. A empresária do ramo de
eventos estava grávida e foi assassinada após uma festa em sua luxuosa casa, no
último domingo (17). O suspeito de matar a esposa tinha 31 anos e se matou
enforcado nesta quarta-feira (20), dia em que a criança mantida em cárcere
privado foi finalmente resgatada. O caso aconteceu em Fortaleza, no Ceará.
Segundo informações do jornal O
Povo, a Polícia Militar foi chamada até o local, no bairro Sapiranga, através
da denúncia de vizinhos, que ouviram o choro do menino e sentiram o odor
estranho vindo da residência onde tudo ocorreu. Por volta das 16h, policiais
arrombaram o portão da casa e encontraram a criança no quarto, ao lado do corpo
da mãe, “acuada, suja, com fome e com marcas de agressão”. Ainda demonstrava
preocupação com o cachorro, Snoopy, que permaneceu ao seu lado durante todo o
cárcere.
“A criança relatou que o padrasto
matou a mãe após uma festa no domingo. Ainda havia três mesas juntas, bebida, e
foi encontrado um pó branco no sofá, em pedrinhas”, relatou ao jornal O Povo o
analista de sistemas da imobiliária que alugou a casa à família, há cerca de 15
dias. João Vega Filho acrescentou que a empresa foi acionada pela polícia ao
local, um duplex na rua Água de Prata.
Familiares do suspeito teriam
relatado que ele era dependente químico desde os 15 anos, tendo passado por
diversas tentativas de reabilitação, informação desconhecida pelos parentes da
vítima. Casados há cerca de cinco meses, eles haviam se mudado para o imóvel há
pouco tempo, mas os vizinhos relataram que ouviam brigas constantes na
residência do casal.
Em estado de choque, a criança
foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), medicada e
alimentada. O garoto teria relatado aos profissionais de saúde que após matar
sua mãe, o padrasto retirou a televisão da casa e escondeu todos os celulares.
O carro do casal também não foi encontrado na residência.
Como o menor também é órfão de
pai – que morreu há poucos anos, vítima de um AVC – ele deve ser cuidado, a
partir de agora, pela avó materna. As identidades da vítima adulta e do
suspeito não foram reveladas pela reportagem, com o objetivo de preservar a
criança. O caso será investigado pela Delegacia de Divisão de Homicídio e
Proteção a Pessoa (DHPP).
Com informações do Notícias ao
Minuto.