O etíope Dawitt Admasu surpreendeu os quenianos e ficou com o título da
São Silvestre pela segunda vez. Ele imprimiu um ritmo muito forte
quando faltavam 3 quilômetros para o final da prova e conseguiu abrir
vantagem em relação aos adversários. Na parte final, a certeza da
vitória era tão grande que pouco antes de entrar na Avenida Paulista,
onde fica a linha de chegada, ele abriu os braços em posição de triunfo.
A reação ocorreu porque ele sabia que a maior ameaça havia sido
superada. O atleta chegou na subida da Brigadeiro Luís Antônio com a
vantagem de 121 metros. A dificuldade é que ele é um corredor com origem
na prova dos 5 mil metros e os adversários eram da maratona, por isso
melhores de subida. Mas Admasu conseguiu controlar os concorrentes e
completou a São Silvestre em 44 minutos e 17 segundos.
A prova teve uma situação inusitada com Edwin Rotich sendo derrubado
pelo brasileiro Wellington Bezerra. Passado o susto, ambos seguiram na
prova.
Entre as mulheres, a queniana Flomena Cheyech venceu com folga com o
tempo de 50 minutos e 18 segundos. Ela adotou um ritmo muito forte que
parecia não ser possível de ser sustentado, mas conseguiu e assim abriu
grande vantagem em relação às concorrentes. A dianteira ocorreu um pouco
depois da metade da prova e quando chegou na subida da Brigadeiro Luís
Antônio tinha 200 metros de vantagem em relação a segunda colocada.
O resultado reflete a rivalidade existente nas provas de longa duração
que Quênia e Etiópia dividindo os principais títulos. Os brasileiros
mais bem colocados não ficaram nem no pódio.
UOL