Um pregador cristão controverso que
incentivou sua congregação a comer cobras vivas acabou preso sob a
acusação de crueldade com os animais, após imagens da ação serem
publicadas na página da igreja no Facebook.
Mnguni Fanuel, pastor no Ministério de
Discípulos do Fim dos Tempos, no distrito de Soshanguve, na África do
Sul, disse aos fiéis que as cobras teriam gosto de chocolate.
Mnguni ficou pouco tempo detido, sendo
libertado sob fiança enquanto aguarda seu novo veredicto. “Peguei aquela
cobra dos arbustos”, disse, por meio de seu porta-voz, Eddie Nkuna.
“Romanos 14 diz que uma pessoa com uma forte fé pode comer qualquer
coisa. Não temos medo de cobras, elas estão abaixo de nós”, justificou.
O pastor, que se considera um profeta e
prega debaixo de uma tenda, diz que segue os ensinamentos do Reverendo
Daniel Lesego, do Ministério Raboni, sua maior inspiração. Lesego já fez
seus seguidores comerem grama e beberem gasolina.
Mnguni diz que tem sido perseguido por
conta de seus métodos de pregação, mas que, quando céticos vão a um de
seus cultos, logo são convertidos. Ele agora tem cerca de 150
seguidores. “Eu comecei este ministério no ano passado, em 26 de março.
Deus revelou uma visão na qual eu deveria mudar a vida das pessoas. Até
agora, tenho enfrentado uma série de perseguições de pessoas e pastores.
Eles dizem que o que eu faço não é de Deus, mas, quando vêm para cá e
me ouvem pregar, mudam de ideia”, disse.
A polêmica de Mguni já foi alvo de
discussões na internet muitas vezes. Em algumas fotos, é possível ver o
pastor montado em um fiel, como se fosse um cavalo.
“Ele estava fazendo muitas coisas que
eram inaceitáveis, neste caso, tanto para sua congregação quanto paras
as serpentes“, disse o inspetor Andrew Kekana do SPCA, maior centro de
proteção animal do país, em entrevista ao Daily Mail. “Mas nossa
jurisdição apenas diz respeito aos animais, por isso só podemos acusá-lo
por isso. As fotos provam a posse ilegal de serpentes protegidas e a
crueldade feita com os animais”.
Kekana faz um apelo para outros pastores
e autoridades, para que Mguni seja combatido, e pede que sempre exista
respeito aos animais dentro de igrejas e templos. “Nós pedimos que
outros pastores possam ajudar a sensibilizar seus seguidores contra a
crueldade animal e, se cobras ou outros animais forem abusados dessa
forma, o SPCA irá atuar”, concluiu.
Fonte: Jornal Ciência