Preso por engano durante 3 anos tira 1º documento de identidade aos 28


Francileudo Firmino de Farias tirou, pela primeira vez após 28 anos, o documento de identidade. A falta do documento foi um dos motivos para que ele fosse vítima de um caso grave de injustiça, ficando três anos e quatro meses preso pagando por um crime que não cometeu. O caso repercutiu em todo o país. 

Em uma abordagem policial, Francileudo se apresentou como Junior Gomes dos Santos, nome que o ex-morador de rua acreditava ser dele. Por coincidência, um outro homem com o mesmo nome respondia por assassinato, e os dois receberam a mesma ficha criminal. 

Francileudo ficou preso Cadeia Pública de Juazeiro do Norte e foi solto em novembro deste ano. Enquanto isso, o verdadeiro acusado do crime, o outro Junior Gomes dos Santos, já estava preso em Caucaia, desde 2014. 

A situação começou a ser esclarecida durante vistoria da Comissão de Direito Penitenciário, da OAB-CE. A advogada Evelyne Viviane Araújo juntou as peças do quebra-cabeça, reunindo documentos, e provou que Francileudo Firmino de Farias era inocente da acusação de homicídio. Ele foi solto no dia sete de novembro. 

O passo seguinte foi reunir informações sobre a família dele e encontrar a certidão de nascimento. “Ele ia passando todas as informações. Quando a gente não achava, ele ia dizendo outro lugar. Um parente conseguiu achar a mãe dele, que sabia que o nome dele era Francileudo, mas não lembrava o sobrenome. Até que foi feita uma busca no cartório e achada a certidão”, contou a advogada. 


"A gente sem documento não é nada. Agora é só seguir, de cabeça erguida", diz Francileudo.  


G1

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