Agentes de saúde e de endemias estão encontrando dificuldade para
trabalhar. Isso porque, em alguns bairros de Fortaleza, os servidores
são ameaçados pelo crime organizado.
O medo de represálias cala a denúncia de muitos agentes de saúde e de
endemias que sofrem ameaças enquanto trabalham em bairros dominados
pelo crime organizado, as reclamações no sindicato são constantes.
Segundo Anderson Ribeiro, diretor de mobilização do Sindfort, “as
denúncias dos próprios servidores é que eles não pode entrar em
determinados locais e em alguns lugares ele estão até sendo assaltados”
Segundo o sindicato que representa as categorias, o problema se
repete em vários locais de Fortaleza. São pelo menos oito bairros onde
os agentes de saúde e de endemias encontram dificuldade para trabalhar.
Na lista, estão: Jangurussu, Conjunto Palmeiras, Cristo Redentor, Edson
Queiroz, Castelo Encantado, Planalto Airton Sena, bom Jardim e Pio XII.
A situação vem se agravando nos últimos meses. Em outubro de 2017, o
sindicato dos servidores públicos do município de Fortaleza entrou com
uma representação no Ministério Público Estadual para cobrar segurança
para os profissionais.
Em nota, a Secretaria da Saúde afirma que os agentes trabalham com
base na chamada territorialização, que permite maior aproximação com a
população. Em casos pontuais, os agentes contam com líderes comunitários
para fazer o trabalho. Ainda segundo a nota, em breve, esses agentes
devem ser capacitados para atuar em áreas de vulnerabilidade.
Tribuna do Ceará