O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) acaba de localizar os corpos das três
mulheres que haviam sido seqüestradas por bandidos de uma facção
criminosa e levadas para o mangue do Rio Ceará. Os restos mortais das
vítimas foram localizados há cerca de 20 minutos na área do mangue do
bairro Vila Velha, próximo a um estaleiro. Equipes do Núcleo de Busca e
Salvamento Major Rosana Busson (NBS) foram os responsáveis pela
localização dos corpos.
As buscas já duravam cinco dias. Bombeiros e policiais civis e militares
faziam a varredura em toda a extensão do mangue nas margens do Rio
Ceará, estendo o raio de ação do bairro Vila Velha, na zona oeste de
Fortaleza, ao Parque Leblon, em Caucaia, do outro lado da ponte
localizada na foz do rio.
Por volta de 8 horas, a equipe de mergulhadores e de busca do NBS
localizou os corpos que seriam das jovens identificadas como Nara Aline
Mota de Lima, Darciele Anselmo de Alencar e Nara Aline Mota de Lima. Os
cadáveres estavam na área do mangue próximo ao Liceu da Vila Velha, na
zona Oeste de Fortaleza.
Sequestro e tortura
As três mulheres foram seqüestradas em uma residência localizada na
Barra do Ceará, na noite do dia 1º. Sob a mira de armas, foram colocadas
em um veículo e levadas para o mangue. Ali, passaram por uma sessão de
torturas em que foram obrigadas a gravar um vídeo dizendo que estavam
naquele momento “rasgando a camisa” da facção Comando Vermelho (GDE) e
passando para o lado da facção Guardiões do Estado (GDE).
Logo em seguida, foram executadas a tiros e decapitadas. Nas imagens do
vídeo postado nas redes sociais pelos próprios criminosos, elas
apareceram ainda vivas implorando para não serem mortas. Os apelos foram
em vão e, depois, das execuções, os bandidos trataram de cortar as
cabeças e jogá-las nas águas do mangue.
Na última quarta-feira, policiais do 7º DP (PIrambu) capturaram três
homens adultos e um adolescente suspeitos de terem praticado os
assassinatos. Um deles confessou tudo. Os demais negaram. Um quinto
suspeito já foi identificado e permanece foragido. Já o menor, foi
ouvido no Juizado da Infância e da Adolescência e liberado.
Fernando Ribeiro