Foi preso o chefe da organização criminosa que fraudava benefícios previdenciários no Ceará e no Pará. O grupo atuava há mais de cinco anos e, segundo a Polícia Federal (PF), desviou mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos. A investigação das fraudes é parte da Operação Mimetismo, da PF, deflagrada nesta quarta-feira, 10.
A quadrilha criava documentos de pessoas fictícias e solicitava o
benefício de aposentadoria por idade. A “atuação” perante profissionais
da Previdência Social era feita por idosos trazidos do Pará para o
Ceará, com recompensa de R$ 500, em média, conforme informado pela PF.
Os
“idosos figurantes” já haviam sido presos em flagrante por crime de
falsa identidade, em várias ocasiões. Posteriormente, a Polícia associou
os inquéritos e chegou ao grupo.
Operação
Recebendo
mensalmente dezenas de aposentadorias, o grupo comprou imóveis, carros e
bens de luxo. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 30 mil em
espécie, uma coleção de relógios, inúmeros documentos de identidade
falsos e mais de 20 cartões de benefícios previdenciários em nome de
pessoas fictícias.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois no
bairro Aldeota, em Fortaleza, e um em Belém (PA), expedidos pela 32ª
Vara da Justiça Federal no Ceará. O chefe da quadrilha foi preso ainda
nesta quarta, 10.
De acordo com o delegado Cid
Saboia, chefe em exercício da Delegacia de Repressão a Crimes
Previdenciários (Deleprev), as investigações continuam pois “é possível
que existam outros envolvidos”.
A identidade dos
envolvidos, porém, não foi divulgada pela PF. Eles vão responder por
estelionato previdenciário, falsificação de documentos, uso de
documentos falsos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O Povo