Bandidos do Ceará estão sendo investigados em São Paulo após a aplicação de um golpe na cidade de Jundiaí, no interior paulista. A vítima caiu em um golpe telefônico e perdeu mais de R$ 15 mil para a quadrilha. Este tipo de crime é cometido a partir de presídios cearenses, com acesso a telefones celulares.Os telefones usados no crime são de Fortaleza, conforme a Polícia Civil.
De acordo com o titular do 1º Distrito Policial de Jundiaí, Hamilton de Souza, a vítima recebeu uma mensagem no celular informando que havia recebido um prêmio de um programa de TV. O valor seria de aproximadamente R$ 300 mil. Para receber a premiação, porém, a vítima precisava seguir "instruções": efetuar depósitos de valores em contas bancárias.
Os depósitos bancários somaram R$ 15.355,09 - em cinco operações. Até cópias de cheques referentes ao suposto prêmio foram enviados à vítima via Sedex, de modo a fazê-la acreditar na farsa. Os criminosos orientaram ainda que, após concluir as "instruções", a vítima deveria ficar esperando o carro de uma emissora de TV em frente a uma agência bancária. O veículo levaria o homem até a sede da emissora. Somente neste instante a vítima percebeu o golpe.
"Enviei o caso à Polícia Civil cearense", adianta o delegado de Jundiaí, em entrevista ao Diário do Nordeste Online. "Todos os dados bancários das contas usadas no golpe foram enviados. Geralmente são contas abertas com nomes falsos, mas às vezes a polícia chega (aos nomes verdadeiros) e pega os autores", adiantou Hamilton de Sousa.
O delegado orienta ainda que o cidadão deve ter um pouco mais de atenção para não cair neste tipo de golpe. "O coitado (vítima) perdeu R$ 15 mil. Mas, claro, teve um pouco de ganância da vítima também. A vítima tem que pensar um pouco mais. Ninguém dá dinheiro assim, de graça. Nem televisão, nem ninguém", alerta.
"Eles (bandidos) têm celular nos presídios. Esses celulares entram, geralmente, por meio de mulheres. Eles pegam esses celulares, ligam para números aleatoriamente e dão golpes", detalha.
Este golpe telefônico constitui-se como estelionato.
Fonte: DN
