
Até então restrito ao Norte brasileiro e aos estados de Pernambuco, Piauí, Bahia e Rio de Janeiro, o sorotipo 4 da dengue chegou ao Ceará. Comprovadamente, contaminou uma pessoa em Morada Nova, no Jaguaribe, e uma em Fortaleza, na área da SER VI - em Messejana, próximo aos bairros Jangurussu e Conjunto Palmeiras.
Mas o vírus não parou por aí. Pelo menos é esta a tese da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) para explicar a explosão de casos da doença no Ceará. Na última semana, foram 1.438 confirmações. Metade delas na Capital. Assim, o total de registros subiu para 8.308 em 2011, sem discriminação de tipo.
E a hipótese não é à toa. Até a semana passada, a Sesa reconhecia apenas os tipos 1 e 3 circulando no Estado. “Não tínhamos como evitar (a entrada do 4). Não tem ação preventiva que impeça. Se não fosse um sorotipo novo, não estaríamos com estes índices”, argumenta o titular da Sesa, Arruda Bastos.
Perigo
A entrada de um novo tipo de dengue no Ceará diferencia a epidemia deste ano das outras quatro vividas no Estado (em 1987, 1994, 2001 e 2008). A dengue existe por aqui desde 1986.
Agora, toda a população está vulnerável à contaminação. Basta dar espaço para o Aedes aegypti reproduzir-se no inofensivo vasinho de plantas com água que você tem na janela de casa. Isto justamente por conta do “ineditismo” do tipo 4.
Como nunca existiu em nenhum dos 184 municípios cearenses, não há quem seja imune ao vírus. Seja novo ou velho; rico ou pobre.
Atrelado a isto, têm-se a característica do tipo 1, que deixa as crianças de até 10 anos ainda mais suscetíveis por não circular no Ceará há 16 anos e, desde setembro do ano passado, ter retornado.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Sesa, só a Capital teve 475 pessoas nesta faixa etária comprovadamente doentes de janeiro a março deste ano. O índice é bem próximo às 525 vítimas do mosquito com idade entre 21 e 30 anos. “De uma semana para outra, Fortaleza fugiu do controle. É quase certo de que é por conta do tipo 4”, argumenta Bastos.
O receio é da constatação de um surto epidêmico do novo tipo nos próximos boletins semanais, já que abril e maio são, historicamente os meses com o maior número de notificações e confirmações de dengue.
“E a situação de Fortaleza já é bem complicada”, resume o coordenador de proteção e promoção à saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, complementado pelo secretário: “Como não se tem perspectiva de criarem uma vacina em menos quatro anos, o combate e prevenção têm que continuar”. (Bruno de Castro)
Mas o vírus não parou por aí. Pelo menos é esta a tese da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) para explicar a explosão de casos da doença no Ceará. Na última semana, foram 1.438 confirmações. Metade delas na Capital. Assim, o total de registros subiu para 8.308 em 2011, sem discriminação de tipo.
E a hipótese não é à toa. Até a semana passada, a Sesa reconhecia apenas os tipos 1 e 3 circulando no Estado. “Não tínhamos como evitar (a entrada do 4). Não tem ação preventiva que impeça. Se não fosse um sorotipo novo, não estaríamos com estes índices”, argumenta o titular da Sesa, Arruda Bastos.
Perigo
A entrada de um novo tipo de dengue no Ceará diferencia a epidemia deste ano das outras quatro vividas no Estado (em 1987, 1994, 2001 e 2008). A dengue existe por aqui desde 1986.
Agora, toda a população está vulnerável à contaminação. Basta dar espaço para o Aedes aegypti reproduzir-se no inofensivo vasinho de plantas com água que você tem na janela de casa. Isto justamente por conta do “ineditismo” do tipo 4.
Como nunca existiu em nenhum dos 184 municípios cearenses, não há quem seja imune ao vírus. Seja novo ou velho; rico ou pobre.
Atrelado a isto, têm-se a característica do tipo 1, que deixa as crianças de até 10 anos ainda mais suscetíveis por não circular no Ceará há 16 anos e, desde setembro do ano passado, ter retornado.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Sesa, só a Capital teve 475 pessoas nesta faixa etária comprovadamente doentes de janeiro a março deste ano. O índice é bem próximo às 525 vítimas do mosquito com idade entre 21 e 30 anos. “De uma semana para outra, Fortaleza fugiu do controle. É quase certo de que é por conta do tipo 4”, argumenta Bastos.
O receio é da constatação de um surto epidêmico do novo tipo nos próximos boletins semanais, já que abril e maio são, historicamente os meses com o maior número de notificações e confirmações de dengue.
“E a situação de Fortaleza já é bem complicada”, resume o coordenador de proteção e promoção à saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, complementado pelo secretário: “Como não se tem perspectiva de criarem uma vacina em menos quatro anos, o combate e prevenção têm que continuar”. (Bruno de Castro)
Fonte: O Povo On Line