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Uma vidraça foi quebrada com o arremesso de pedra (Foto: Normando Sorácles/ Ag. Miséria) |
A Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ), no interior do
Ceará, cancelou o vestibular previsto para este domingo (25) e gerou
tumulto entre os candidatos. Uma pedra foi arremessada contra a vidraça
da faculdade, que foi destruída. De acordo com a Polícia Militar,
algumas pessoas se "exaltaram" com a notícia do cancelamento do
vestibular e iniciaram um protesto.
Ainda de acordo com a polícia, o tumulto foi controlado de forma
pacífica após a chegada dos policiais.Não há registro de pessoas feridas
por conta da confusão.
Em nota assinada pela diretora geral da instituição, Ângela Massayo, o
cancelamento ocorreu “em razão da invasão dos locais de prova pelos
candidatos que não estavam munidos com a documentação prevista no
edital, qual seja: identidade original, cópia da identidade, assim como
foto 3 x 4 datada dos últimos 30 dias.”
Segundo a FMJ, o edital estabelecia a apresentação dos documentos no
local de prova. Cerca de 500 alunos que não portavam os documentos
tentaram invadir a faculdade, o que deu início ao tumulto. De acordo com
os alunos que realizaram a manifestação, havia dois editais com
conteúdos diferentes, e um deles não informava sobre a documentação
obrigatória. A diretora nega a existência dos dois editais.
"No edital que eu li, não informava em momento algum que eram
necessários esses documentos. Só informava local de prova e horário.
Como não cheguei atrasado, é um direito meu fazer a prova ainda hoje",
diz o estudante Rogério Miguel, que pretendia realizar a prova neste
domingo.
O cancelamento da prova foi válido para todos os alunos inscritos,
inclusive os que haviam levado a documentação necessária. A faculdade
disse que iria agendar uma nova data da prova, que deve ser anunciada
nos próximos dias.
Segundo caso no ano
Em julho, o vestibular da FMJ também havia suspenso devido à suspeita de fraude na prova da faculdade. Segundo defensor Rafael Vilar, que havia denunciado o caso, "há fortes indícios de fraude na prova". "Primeiramente pela frouxidão da fiscalização e forte indícios, com declarações de professores, de que as questões teriam vazadas antes do dia da prova", afirma Rafael Vilar. O promotor ouviu 25 pessoas, entre professores e alunos.
Na ocasião, a diretora da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte
negou a possibilidade de fraude. "Não houve fraude, podemos afirmar
isso, e temos todas as provas. A faculdade tem a tranquilidade para
responder a todas as questões desse processo."
G1