'Sinto muito a morte de um grande homem', escreveu o ator em rede social.
Criador de 'Chaves' e 'Chapolin' morreu aos 85 anos nesta sexta-feira (28).
O ator mexicano Carlos Villagrán, intérprete do personagem Quico na série "Chaves", lamentou a morte de Roberto Bolaños, protagonista e criador do programa, ocorrida nesta sexta-feira (28).
"Hoje, como raramente acontece, fiquei longe do telefone por umas 4
horas e, quando voltei, havia 71 chamadas perdidas, para me dar a triste
notícia da partida de Don Roberto Gómez Bolaños. Sinto muito a morte de
um grande homem, amigo, gênio", escreveu Villagrán neste sábado (29) em
seu perfil no Facebook.
Dono de frases antológicas, como "ninguém tem paciência comigo" e "não
contavam com a minha astúcia", que marcaram gerações de fãs em toda a
América Latina, Roberto Gómez Bolaños, também criador do Chapolin, tinha
85 anos. Ele foi humorista, escritor, ator, produtor de cinema, TV e
teatro.
“Chapolin” se tornou o primeiro seriado mexicano a ser vendido para
outros países, e “Chaves” seguiu o mesmo caminho. Ao longo de quatro
décadas, os programas foram exibidos em mais de 90 países, sendo Cuba o
único em toda a América Latina a não exibi-los.
Dublado em dezenas de idiomas, foi sucesso também nos Estados Unidos e em países da África e Europa. No Brasil, os personagens chegaram em 1984, através do SBT.
Carlos Villagrán foi o primeiro ator a deixar "Chaves", ainda na década de 1970. Ele foi autorizado pelo próprio Bolaños a usar a imagem de Quico em um espetáculo solo, mas o processou mesmo assim, alegando ser o criador do personagem.
Dublado em dezenas de idiomas, foi sucesso também nos Estados Unidos e em países da África e Europa. No Brasil, os personagens chegaram em 1984, através do SBT.
Carlos Villagrán foi o primeiro ator a deixar "Chaves", ainda na década de 1970. Ele foi autorizado pelo próprio Bolaños a usar a imagem de Quico em um espetáculo solo, mas o processou mesmo assim, alegando ser o criador do personagem.
Após perder a ação, Villagrá disse que havia saído do programa por "ciúmes e inveja" entre os ex-colegas.
Outra versão é que Villagrán e Bolaños brigaram porque a segunda mulher de Bolaños – a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda de "Chaves" – teve um relacionamento com Villagrán.
Outra versão é que Villagrán e Bolaños brigaram porque a segunda mulher de Bolaños – a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda de "Chaves" – teve um relacionamento com Villagrán.
Assim, o clima entre os atores já não era bom quando o intérprete de
Quico participou de seu último episódio, considerado um dos grandes
clássicos da série, em que os personagens fazem uma viagem para
Acapulco.
Em seu post no Facebook neste sábado, Villagrán também agradeceu a
chance de atuar como Quico e lembrou o sucesso de "Chaves" nos muitos
países em que foi exibido.
"Todo México, Brasil, Peru, Chile, Colombia, Venezuela, Argentina, Bolivia e resto do Mundo. Tantos países, tantas pessoas que foram tocadas elo talento desta grande pessoa. Que me abriu as portas para desenvolver o personagem Quico", escreveu.
"Todo México, Brasil, Peru, Chile, Colombia, Venezuela, Argentina, Bolivia e resto do Mundo. Tantos países, tantas pessoas que foram tocadas elo talento desta grande pessoa. Que me abriu as portas para desenvolver o personagem Quico", escreveu.
"Para ele, todo meu agradecimento, minha tristeza e minha dor. Somente
quando se vive a realidade de uma ausência, se descobre o verdadeiro
sentimento de uma amizade e um grande mestre. Que descanse em paz!!!
Hoje me sinto triste por seu falecimento."
Enterro e velório
O ator estava aposentado havia dez anos, mas isso não impediu que se adaptasse aos meios de comunicação mais modernos e se tornou um grande fã das redes sociais, tornando-se o mexicano com mais seguidores no Twitter – mais de 6,6 milhões.
Após sua morte, a televisão mexicana emitiu mensagens de luto com um
"Obrigado para sempre, Chespirito (seu apelido no México)", como
despedida a um comediante que engrandeceu sua história com os
personagens da vila do Chaves e as aventuras do heroico Chapolin
Colorado.
Enquanto isso, muitos fãs, tanto mexicanos como estrangeiros, estão se
aglomerando em frente à casa do comediante, famoso por frases como "foi
sem querer querendo" e "palma, palma, não criemos pânico".
"Era autêntico, engraçado", disse - com o rosto coberto de lágrimas -
Sonia, uma turista chilena que chegou até a casa, localizada na região
hoteleira de Cancún, após saber da morte do artista.
O menino pobre do barril, que usava boné com tapa orelhas, foi lembrado
por muitas personalidades mexicanas, desde o presidente do país,
Enrique Peña Nieto, até seus companheiros de viagem na vila, Édgar Vivar
(Senhor Barriga), María Antonieta de las Nieves (Chiquinha) e Rubén
Aguirre (Professor Girafales).
"Roberto, não se vá, você permanece em meu coração e nos corações de
todos aqueles a quem você levou alegria. Adeus 'Chavinho', até sempre",
disse Vivar.
Aguirre, por sua vez, disse estar "estarrecido" pela morte de quem
qualificou como o melhor escritor de comédia da televisão mexicana,
enquanto María Antonieta agradeceu Bolaños "por ter feito tanta gente
feliz e pelos maravilhosos momentos que compartilhamos no grupo".
G1