O açude Tijuquinha, em Baturité, a 95 quilômetros de Fortaleza,
passou, de um dia para o outro, de completamente cheio, e após sangrar,
para totalmente seco. A
barragem atingiu a sua capacidade máxima, de 881 mil m3, segundo os
dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), no último
dia 15. De um dia para o outro, o açude ficou completamente sem água e a população estranhou a situação.
Segundo
a assessoria de imprensa da Cogerh, foi realizada uma operação de
desassoreamento do açude, com o objetivo de melhorar a qualidade da água
e, por isso, o reservatório secou. Mas, ainda segundo a assessoria, o
reservatório já está recebendo recarga das chuvas novamente.
Por conta da localização do açude Tijuquinha, na Serra de Baturité,
a assessoria de comunicação informou que o açude ocupa um volume
intenso do reservatório. O pedido de desassoreamento foi realizado pela
prefeitura de Baturité à Cogerh. A maneira para fazer o desassoreamento
de um açude como o Tijuquinha seria liberando pela descarga de fundo que
já existe, para tentar melhorar a qualidade da água e para a retirada
do máximo possível de lama.
No caso do
Tijuquinha, foram dois dias para ele ser completamente seco. A liberação
é feita para o rio de mesmo nome, o Tijuquinha. A água vai levando a
lama presente no açude e, dassa forma, a nova recarga é de água limpa. O
desassoreamento foi realizado no Tijuquinha, ainda segundo a assessoria
de imprensa da Cogerh, “porque é certo que ele terá recarga”. “Todos os
anos ele sangra, independente do inverno. O açude tem as
características ideais para fazer isto. Tem uma recarga sempre certa e
tem que desassorear para melhorar a qualidade e a quantidade de água”,
informa a assessoria.
A água do açude, quando é
feito o desassoreamento, desce no rio Tijuquinha até se encontrar com o
rio Aracoiaba. Os sedimentos vão decantando à medida que vão descendo no
fluxo do rio. Por fim, chega no açude Aracoiaba.
O
prefeito de Baturité Assis Arruda (PDT) confirmou que entrou em contato
com a Cogerh, que é a gestora do açude, para que fosse feito o
necessário para a limpeza do manancial. "Quando escoamos a água, saiu um
odor terrível". Antes de fazer a limpeza, de acordo com o prefeito, a
Fundação Cearense de Meteorologia foi consultada e garantiu que teria
chuvas. "Inclusive, já recuperamos em 70 centímetros o manancial",
disse.
Redação O POVO Online