O governo federal autorizou um reajuste anual de até 4,76% no preço dos remédios.
O aumento está publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU)
desta sexta-feira, 31, em resolução da Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (CMED).
O tamanho do reajuste não agradou à indústria farmacêutica. Segundo o
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo
(Sindusfarma), "os índices não repõem a inflação passada, no acumulado
de 12 meses" e são "insuficientes para repor os custos crescentes do
setor nos últimos anos".
Reajuste variado
O reajuste varia de acordo com o tipo de medicamento, com índices de
1,36%, 3,06% e o teto de 4,76%. O reajuste médio ponderado é de 2,63%. O
Sindusfarma explica que o reajuste atualiza a tabela de Preços Máximos
ao Consumidor (PMC) e não gera aumentos automáticos nem imediatos nas
farmácias e drogarias, principalmente em relação aos medicamentos que
apresentam grande concorrência.
Além disso, a indústria farmacêutica alega ser regida por uma fórmula
que restringe a recomposição das planilhas de custo e penaliza os ganhos
de produtividade. "Essa situação perversa afeta a saúde financeira das
empresas, com reflexos negativos nos investimentos e no lançamento de
novos produtos", disse Nelson Mussolini, presidente executivo do
Sindusfarma, em nota distribuída à imprensa.
No ano passado, o reajuste dos medicamentos foi de até 12,50%
e compensou as perdas com a inflação, como queria o setor. Em 2015 o
reajuste máximo autorizado foi de 7,7% e, em 2014, o teto para o
reajuste foi de 5,68%.
Diário do Nordeste



