Quatro em cada 10 mulheres no mundo dizem não ter direitos iguais aos
dos homens ou a liberdade para alcançar seus sonhos e aspirações,
apontou uma pesquisa Global@dvisor feminismo e igualdade de gênero pelo
mundo, divulgada pela Ipsos nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da
Mulher.
O estudo realizado em 24 países, entrevistou 17.551 pessoas entre 16 e
64 anos, indicou que as mulheres da Espanha (73%), Japão (67%), Coreia
do Sul (64%), Turquia (62%) e Brasil (55%) são as que mais sentem falta
de igualdade.
Mais da metade das pessoas na China (56%), Rússia (54%) e Índia (48%)
acredita que os homens são mais capazes que as mulheres. No Brasil, só
19% veem a capacitação masculina maior em relação ao público feminino.
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Outra questão levantada entre a população global (mulheres e homens) é
se “As mulheres são inferiores aos homens?”. A média mundial apontou que
18% acreditam que sim. O resultado do Brasil (16%) é muito próximo da
média mundial. Mas Rússia e Índia divergem do número global, ficando
empatados no top da lista, com 46%.
Analisando os dados separadamente das mulheres e homens, percebe-se que
os entrevistados do sexo masculino são mais propensos a concordar com a
suposta inferioridade feminina do que as mulheres. A crença é
particularmente alta na Rússia (49%) e Índia (44%). O mesmo acontece com
os brasileiros, visto que 19% dos homens brasileiros acreditam na
inferioridade feminina contra 14% das mulheres.
Na Índia metade dos entrevistados (homens e mulheres) afirmaram que tem
medo de falar e de defender a igualdade de direitos das mulheres. Na
Turquia esse percentual é de 39% e no Brasil, 36%.
A pesquisa aconteceu via painel online, entre 20 de janeiro e 3 de
fevereiro, em 24 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália,
Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos,
França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, México, Peru,
Polônia, Rússia, Servia, Suécia e Turquia. Os entrevistados tinham de 18
a 64 anos nos Estados Unidos e no Canadá e de 16 e 64 anos nos demais
países. A margem de erro é de 3,5%. Veja a pesquisa na íntegra.
G1