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| Certidão de Nascimento expedida em Ipu (CE), chamou atenção da Polícia |
Três pessoas, entre elas um saudita e um iraquiano, suspeitas de
integrar uma organização criminosa especializada na falsificação de
documentos de estrangeiros foram presos na manhã desta quarta-feira
(12), em João Pessoa. Os documentos eram emitidos sobretudo para sírios e
seriam usados para imigração ilegal para os Estados Unidos e para a
Europa. De acordo com o delegado de Defraudações e Falsificações (DDF)
de João Pessoa, Lucas Sá, o grupo utilizava documentos falsos para
conseguir o passaporte brasileiro por ter bom reconhecimento por países
da Europa e os EUA.
A prisão aconteceu no prédio do Projeto Cidadão, no Centro da capital.
Segundo o delegado, o saudita Saleh Alderaibi, de 45 anos, chegou ao
local acompanhado de uma escolta com três carros de luxo, seguranças
particulares e um intérprete. O suspeito, que se apresentou como cidadão
brasileiro, chegou a pagar R$ 500 a um usuário para ser atendido
primeiro.
A polícia diz que o homem informou ser cidadão brasileiro e apresentou
uma certidão de nascimento de um cartório da cidade de Ipu, no Ceará,
para emitir um RG. O delegado aponta que os funcionários do órgão
estranharam o fato dele ser brasileiro e não falar português e acionaram
a polícia.
“A DDF entrou em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), responsável pela investigação de sírios integrantes de uma organização criminosa especializada na mesma conduta praticada em João Pessoa e
também iniciou o protocolo de verificação do possível envolvimento com a
organização criminosa investigada pela PCRJ. Também foram acionados a
Interpol e o Consulado dos Estados Unidos, em Recife”, diz o delegado.
Até as 13h, a polícia não havia verificado a relação do suspeito com
grupos terroristas.
Além de Saleh Alderaibi, também foram presos o iraquiano Feras Ali
Haussn, de 43 anos, e o paulista Sandro Adriano Alves, de 43 anos,
responsável por intermediar as contratações. Os suspeitos vão responder
pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. A polícia
vai investigar a participação de outros membros da associação e
verificar ainda se outras pessoas conseguiram emissão de RG com uso de
certidões falsas.
G1



