O governo brasileiro lançou, por volta das 18h50 desta quinta-feira (4), o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O satélite será usado para as comunicações, principalmente para oferta de banda larga em áreas remotas, e será integralmente controlado pelo Brasil.
O lançamento ocorreu na base de Kourou, na Guiana Francesa. O satélite
foi enviado dentro do foguete Ariane 5, que também lançou ao espaço
outro satélite, o KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat.
Com o satélite, o Brasil deixará de alugar satélite de empresas
privadas. O lançamento do satélite estava inicialmente prevista para o
dia 21 de março, mas foi adiado por causa da greve geral na Guiana
Francesa.
Após o lançamento, o presidente Michel Temer, que acompanhou o evento,
afirmou que o satélite ajudará o país a "democratizar" o sistema
digital.
“Vamos democratizar o fenômeno digital do Brasil, já que a banda larga
vai atingir todos os recantos do nosso país. Democratizando o sistema
digital no nosso país. É um grande momento para o nosso governo”,
afirmou o presidente.
Segundo o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o
satélite terá uso civil e militar e exigiu R$ 2,784 bilhões em
investimentos. A vida útil do satélite é de 18 anos.
Além de ampliar a capacidade de telecomunicações e a cobertura de
serviços de internet banda larga no Brasil, com foco em áreas de difícil
acesso, o SGDC fornecerá um meio seguro para transferência de
informações civis e militares que envolvam a segurança nacional.
Atualmente o governo aluga o sinal de satélites privados. O projeto do
satélite é resultado de uma parceria entre a Telebras e o Ministério da
Defesa.
O uso militar do satélite na chamada banda X começará na metade do mês
de junho, mas o uso para oferta de banda larga só deve começar a partir
de setembro.
'Estacionado'
O satélite geoestacionário gira na mesma velocidade da Terra e fica
"estacionado" sobre um mesmo ponto do planeta. Pesando 5,8 toneladas e
com 5 metros de altura, ele vai ficar posicionado a 36 mil quilômetros
da Terra e cobrirá todo o território brasileiro, além do oceano
Atlântico. A previsão de vida útil do satélite é de 18 anos.
A construção do satélite foi feita em Cannes e Toulouse, na França,
pela empresa aeroespacial Thales Alenia Space, e durou 2 anos. O projeto
foi supervisionado pela Visiona Tecnologia Espacial, parceria entre
Embraer e Telebras.
De acordo com o Ministério da Defesa, o processo envolveu transferência
de tecnologia e intercâmbios entre profissionais brasileiros dessas
empresas e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Alcântara
Segundo informações das Forças Armadas, a escolha da Guiana Francesa
para o lançamento deve-se a sua posição geográfica., por estar mais
próximo da linha do Equador.




