O STF determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador e do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) do mandato de deputado
federal. O ministro Edson Fachin, contudo, negou o pedido apresentado
da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar
tucano. Fachin decidiu submeter o pedido de prisão do senador ao
plenário do Supremo.
O Supremo autorizou a prisão de irmã do senador tucano, Andrea Neves. Andrea é alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo por uma
fonte da investigação que motivou a operação policial desta sexta-feira,
18.
Conforme apurou a reportagem, Andrea não foi localizada. A Polícia
Federal vai acionar a Interpol, pois tem a informação de que a irmã de Aécio estaria em Londres. A assessoria do senador tucano não atendeu ao telefonema feito pela reportagem.
Lava-Jato vai à casa de Aécio
Agentes da Polícia Federal foram a imóveis do senador e presidente do
PSDB no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira
(18). O presidente do PSDB foi acusado pelo empresário Joesley Batista
de lhe
pedir dinheiro
em meio às investigações da
Operação Lava Jato
. O valor de
R$ 2 milhões
foi rastreado e chegou ao senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Andreia Neves e Altair Alves, ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) também foram alvo da operação. A Polícia Federal
cumpriram mandado de busca e apreensão nos gabinetes de Aécio e Zezé Perrella no Senado.
Dono do maior grupo de produção de proteína animal do mundo, Joesley gravou o presidente Michel Temer
dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha. Ele disse à
Procuradoria-Geral da República (PGR) que fazia pagamentos para evitar
que o ex-deputado falasse o que sabe a investigadores.
A revelação foi feita pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo".
O empresário também teria gravado Aécio lhe pedindo R$ 2 milhões. O
valor teria sido entregue a um primo do senador, em espécie, que teria
levado as notas para uma empresa de Perrella.
Diário do Nordeste



