Numa estratégia de sobrevivência mútua, o presidente licenciado do
PSDB, Aécio Neves, e o presidente Michel Temer articulam para manter a
legenda na base do governo. A interlocutores, Aécio tem defendido que o
PSDB permaneça no governo.
A movimentação discreta de Aécio
acontece num momento em que cresce o movimento entre parlamentares
tucanos para pressionar a cúpula do partido a romper com Temer.
Nesta segunda, haverá uma reunião do comando do PSDB para definir o destino da legenda.
A
avaliação no Palácio do Planalto é que a situação de Aécio, após a
delação de executivos da JBS, é bem mais frágil do que a de Temer, isso
porque há um áudio em que o tucano e Joesley Batista acertam o repasse de R$ 2 milhões.
"Como
o PSDB vai deixar o governo, se a situação do Aécio é bem pior? Os
tucanos teriam que, primeiro, tomar uma posição em relação ao senador
Aécio", observou um auxiliar do presidente.
De todo jeito, muitos
tucanos já estão incomodados com a permanência de Aécio na legenda. A
avaliação da bancada do PSDB na Câmara é que a permanência do senador na
sigla fragiliza a imagem do partido.
G1



