A justiça negou habeas corpus para o réu Marlôncio Benigno Campos, de
35 anos, apelidado por "Neguinho" ou "Moreno", que foi preso no último
dia 5 de abril em sua residência na Rua Jaicós no bairro Exposição em
Picos (PI). Naquela data, a polícia cumpriu mandados de busca e
apreensão e de prisão preventiva expedidos pelo Juiz de Direito, Antonio
Vandemberg Francelino Freitas pela Comarca de Campos Sales. Ele é
acusado de ter matado com 16 tiros o soldado do RAIO, José Roberto Lemos
Soares, que tinha 25 anos e residia em Juazeiro.
O crime
aconteceu no dia 8 de maio de 2016 em Campos Sales e a decisão de manter
o principal suspeito preso foi tomada pela 2ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Ceará. A relatora do caso foi a desembargadora
Francisca Adelineide Viana, a qual explicou que a prisão tem a
finalidade de “assegurar a paz social e a aplicação da lei penal, assim
como o bom andamento da instrução processual”. De acordo com os autos,
três policiais militares faziam abordagens no Bar da Miúda quando teve
início uma troca de tiros com acusados do tráfico de drogas que estavam
armados.
O Soldado Edmilson Passos de Araújo saiu ferido no braço e
um dos acusados, Luan Silva Teixeira, de 26 anos, residente em Arco
Verde (PE), morreu. Além de Marlôncio, outras sete pessoas foram
denunciadas pelos crimes de homicídios qualificados, associação
criminosa e tráfico de entorpecentes. A defesa dele tinha ingressado com
habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça alegando carência de
fundamentação da decisão que decretou sua preventiva.
Argumentou
ainda possuir condições pessoais favoráveis, como residência e emprego
fixos em Picos, onde é dono de um pequeno comércio. Para a
desembargadora existem, nos autos, elementos concretos e suficientes a
evidenciar a necessidade de continuação da prisão. Dias antes de ser
preso, Marlôncio já vinha sendo monitorado em Picos e, em sua casa, onde
a polícia apreendeu um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 36,
várias facas e boa quantia em dinheiro.
miséria



