De acordo com o petista, com a nova unidade, será possível “uma
integração (das polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros)
para que possamos ter uma ação mais efetiva para enfrentar o problema da
violência”.
Efetivo de PMs e delegacia reformada
O equipamento deverá atender às primeiras duas etapas do Conjunto Ceará
e aos bairros Genibaú e Granja Portugal. Com a instalação da unidade,
foram entregues 19 novas viaturas e nove motocicletas. O efetivo de
policias militares na região também foi ampliado, indo de 50 para 240
agentes. A delegacia ligada à Uniseg, a do 12° Distrito Policial, passou
por reforma e agora contará com oito delegados, 15 escrivães e 26
inspetores.
O efetivo do corpo de bombeiros será de 30 militares, atuando em
salvamentos, combate a incêndios, vistorias técnicas e vazamentos de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP). Originalmente, as cinco primeiras
deveriam ter sido implantadas ainda em 2015. Entretanto, em outubro
daquele ano, o governo anunciou que a conclusão dessa primeira etapa ocorreria apenas em 2016, com apenas uma sendo entregue naquele ano.
Ampliação
Agora, a previsão é de que essas instalações sejam finalizadas apenas
no fim deste ano, com novas unidades nos bairros Bom Jardim e Messejana.
Perguntado o que levou à demora, o governador atribuiu à necessidade de
ampliação do efetivo das polícias. “Como eu disse, aqui, estamos
ampliando o efetivo de 50 para 240 PMs”, declara.
Camilo também destacou a convocação de novas turmas da Polícia Militar,
dizendo que espera ter 4,2 mil novos agentes a disposição até o começo
do próximo ano. Apesar dos atrasos, o projeto tem mostrado resultados.
No caso da primeira a ser instalada, no Vicente Pinzón, levou a uma
queda de quase 70% em homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, quando comparados os anos de 2015, antes da implementação, com os de 2016. Já os roubos tiveram uma queda de quase 35%.
Plano nacional
O governador voltou a criticar a falta de uma política federal para o
combate ao crime. De acordo com ele, “pagamos um preço caro por não
termos planejado ações e não termos um plano nacional de segurança”. Ele
disse que a crítica não se dirigia, especificamente, ao presidente
Michel Temer (PMDB), já que “isso aconteceu em todos os governo que
passaram”.
Nesse cenário, para Camilo, a União não age e não permite que os Estado
ajam. “Quase 100% da segurança pública recai sobre os Estados e os
municípios, que não têm sequer capacidade de legislar sobre o assunto”,
diz.
Diário do Nordeste