Metade de 2017 passou e o Ceará já registra o pior cenário epidêmico de
arboviroses - doenças transmitidas por picadas de mosquitos - desde
1987, ano em que o Estado registrou a primeira epidemia de dengue.
Antes, a maior epidemia por arbovírus, em número de casos confirmados,
havia ocorrido em 2011, quando a dengue contabilizou 56.818 ocorrências
no território cearense. Agora, com reforços da chikungunya e da zika, o
número de casos confirmados das arboviroses disparou para 64.597,
conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa).
No primeiro semestre deste ano, as três doenças levaram à notificação de
157.693 casos, que correspondem a uma taxa de incidência de 1.759,2
casos por 100 mil habitantes. Há casos suspeitos em 182 dos 184 dos
municípios cearenses, segundo a Sesa. Levando em consideração apenas a
dengue, a taxa de incidência é de 679,8 casos para cada 100 mil
habitantes. O número representa duas vezes o parâmetro da Organização
Mundial de Saúde (OMS), que considera nível epidêmico quando uma cidade
ou região tem mais de 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.
No primeiro semestre de 2017, de acordo com o boletim da Sesa, 60.935
casos da dengue foram notificados no Estado; somente os municípios Pires
Ferreira e Salitre não tiveram ocorrências. De todas as notificações,
14.487 evoluíram para confirmação, até o momento. Além disso, houve 74
casos de dengue com sinais de alarme e oito óbitos pela forma grave da
doença.
Diário do Nordeste Online


