Tendo cumprido prisões temporárias, mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva na semana passada, a Operação Fantasma, da Polícia Civil, teve sua quarta fase decretada nesta quinta-feira (20), quando o Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a prisão preventiva do vereador João Carlos Júnior Gomes, da cidade de Itarema, no Noroeste do Estado.
De acordo com o MPCE, a prisão preventiva do vereador era para ter
acontecido nesta sexta-feira (21), mas ele não foi encontrado em sua
residência. O advogado de João Carlos Júnior Gomes, no entanto, já
entrou em contato com a polícia e informou que o parlamentar deverá se
apresentar às autoridades até a próxima segunda-feira (24).
A nova fase da Operação Fantasma foi um pedido da Promotoria de Justiça
da Comarca de Itarema, em atuação conjunta com o Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que investiga os crimes de peculato, falsidade ideológica e organização criminosa. Até o momento, nove vereadores de Itarema já foram afastados dos cargos eletivos.
A operação
Iniciada em abril deste ano, a Operação Fantasma investiga um esquema
montado para desviar recursos públicos por meio da contratação de
servidores fantasmas com a apropriação ilegal de valores. A investigação
teve início após denúncias de uma pessoa que se sentiu prejudicada por
não conseguir receber benefício previdenciário em razão de um suposto
vínculo com a Câmara Municipal, que até então era desconhecido pela
vítima.
De acordo com as provas apuradas, foi evidenciado que alguns
investigados recebiam dinheiro público que deveria ser destinado ao
pagamento de seus assessores. O MPCE constatou a existência de prova
material de crimes de peculato e inúmeras lesões aos cofres públicos.
Diário do Nordeste



