O juiz Sérgio Moro mandou intimar o ex-presidente Lula da sentença de
9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso
tríplex. A carta precatória nº 700003610473 deverá ser levada por um
oficial de Justiça ao endereço onde mora o petista, em São Bernardo do
Campo, na Grande São Paulo.
O magistrado atribuiu os crimes de corrupção passiva pelo recebimento
de vantagem indevida da OAS em decorrência de contrato com a Petrobras e
de lavagem de dinheiro pela ocultação e dissimulação da titularidade do
apartamento 164-A, o tríplex, e por ter se beneficiado de reformas no
imóvel.
É de sete anos, e não de 19, o prazo de proibição a Lula de exercer cargo ou função pública imposta pelo juiz.
Na sentença, Moro determinou como pena acessória a interdição do
petista "pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade" - relativa
exclusivamente à condenação de três anos e meio por lavagem de dinheiro.
Inicialmente, a contagem havia sido feita com base na pena total imposta por Moro.
Delação de Eike
A Petrobras pediu ao juiz para que os valores da suposta "conta
corrente geral de propinas" da OAS com o PT, que teria sido abastecida
com desvios em contratos na petrolífera, sejam restituídos à estatal. Já
o empresário Eike Batista e seus advogados produziram ao menos oito
anexos da sua proposta de delação que será entregue ao Ministério
Público Federal (MPF) no Rio.
Neste momento, os principais nomes citados na colaboração de Eike são
Lula, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-ministro da
Fazenda Guido Mantega.
Diário do Nordeste



