Os consumidores do Ceará vão pagar um pouco menos pela energia elétrica
consumida em setembro. Nesta sexta-feira (25), a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) determinou alteração na bandeira tarifária de
setembro que passará de vermelha para amarela. A mudança implica em uma
cobrança extra R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kwh) consumidos na conta
de luz. Em agosto, na bandeira vermelha patamar 1, o acréscimo é R$ 3 a
cada 100 quilowatts-hora (kWh).
Segundo o relatório do Programa Mensal de Operação do Operador Nacional
do Sistema (ONS), o valor da usina térmica mais cara em operação é de
R$ 411,92/megawatts/hora, o que determinou a redução da bandeira
vermelha para a amarela.
A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de
produção de energia no país aumentou nos últimos meses. Isso está
relacionado com a chuva abaixo do previsto, o que acaba reduzindo o
armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas ou fazendo com que
esse armazenamento suba menos que o esperado. Quando isso acontece,
aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, que é
mais cara que a das hidrelétricas.
Custos nas termelétricas
O sistema das bandeiras tarifárias foi criado para arrecadar recursos
que vão cobrir o custo extra com o uso de termelétricas. Isso é
necessário porque elas geram energia mais cara que as hidrelétricas. A
cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e
indica o custo da energia em função das condições de geração.
As primeiras a serem acionadas são as termelétricas com custo de
produção mais baixo. Conforme aumenta a necessidade, o governo determina
o funcionamento das mais caras. As bandeiras acompanham essa evolução.
Quando há pouca ou nenhuma necessidade de geração por termelétricas, a
bandeira fica verde e não há cobrança extra.
G1/CE