Secretaria da Saúde afirma que distribuição será regularizada até o fim deste mês.
Pacientes com diabetes reclamam da irregularidade na distribuição de
medicamentos diagnosticados com a doença. Os diabéticos precisam
realizar exames diariamente e ficam, durante alguns meses, sem o
material necessário.
O estudante João Marcelo realiza o teste de glicemia oito vezes ao dia,
pelo menos. Segundo a mãe do garoto, as fitas utilizadas na medição nem
sempre estão disponíveis nos postos de saúde.
"Já aconteceu outras vezes de não ter, só que agora já está com três
meses seguidos que eu não consigo fita no posto de saúde", diz Nádia
Gomes.
A fita é fundamental para os portadores de diabetes tipo 1. Quando
colocada no aparelho de medição com sangue do paciente, ela indica a
quantidade de açúcar no sangue. Com esse índice, se sabe quanta insulina
deve aplicar para controlar a doença.
Atualmente, cerca de 20 mil pessoas têm o aparelho medidor de glicemia
em Fortaleza e dependem das fitas distribuídas nos postos de saúde de
Fortaleza. Com a falta, muita gente tem que comprar o material; outros
não têm condições de bancar o custo, de R$ 500 mensais.
"O angustia maior é a falta de informação. No posto eles não sabem nem
informar quando vão chegar [as fitas de medição]", reclama Adélia Maria
Holanda.
A Secretaria da Saúde de Fortaleza reconhece que o problema existe, mas
afirma que vai regularizar a situação até a situação deste mês.
"Vai abrir um processo licitatório, porque nós sabemos que para cada
aparelho – que a gente sabe que são 20 mil aparelhos – existe uma fita
específica para aquele aparelho. Nós fazemos um solicitação de várias
fitas com o fornecedores, isso gerou um atraso. Até o final do mês a
Secretaria da Saúde está regularizando essa licitação para que possa
regularizar a distribuição das fitas", afirma Ana Lúcia Sá Leitão,
gerente comercial da Atenção Especializada Ambulatorial.
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