Ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o cearense Cesar
Asfor Rocha foi acusado de receber propina de R$ 5 milhões da
Construtora Camargo Corrêa pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
De acordo com ele, Asfor teria embolsado o valor para impedir a
Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, interrompida por uma
medida liminar em janeiro de 2010, em decisão considerada inédita.
Preso
em Curitiba, Palocci negocia acordo de delação premiada. Ele afirma
que a tratativa com o cearense foi feita por meio do do advogado Márcio
Thomaz Bastos, morto em 2014. Ainda segundo ele, o repasse do valor
foi feito via conta no exterior e o acordo também incluía uma indicação
de Asfor para o Superior Tribunal Federal (STF), o que não aconteceu.
Asfor negou as acusações. “Se Antonio Palocci efetivamente
produziu essa infâmia, eu o processarei e/ou a quem quer que a tenha
difundido. A afirmação é uma mentira deslavada que só pode ser feita
por bandido, safado e ladrão”, rebateu o cearense.
Asfor
também comentou acusação de ter feito acordo com Bastos para obter o
cargo no STF. “Observo que Márcio Thomas Bastos é um saudoso e querido
amigo. Todavia, toda classe jurídica sabe que Márcio, até por ter
compromissos com outras pessoas, nunca me prometeu apoio (o que muito
me honraria), nem eu jamais lhe pedi – para ser ministro do STF. Muito
menos fiz tal pedido a qualquer picareta”.
Quem também nega as
acusações é a Construtora Camargo Corrêa e a família de Bastos.
Sobrinho dele, o também advogado José Diogo Bastos Neto disse que
afirmação é “uma grande mentira, uma irresponsabilidade e até um ato de
covardia, já que ele não está mais entre nós”.
O Povo
(com agências de
notícias)