A prisão de Joesley Batista não pôs fim à tensa negociação entre a
Procuradoria e o empresário. Após admitir aos investigadores que tem,
sim, outras gravações ainda inéditas armazenadas no exterior, o dono da
JBS avisa agora que só repassará o material à PGR se o acordo da J&F
não for rescindido.
Argumenta que não houve omissão de provas, já que o ministro Edson
Fachin, relator da Lava Jato no STF, concedeu, no último dia 1º, mais 60
dias para os delatores anexarem dados ao caso.
Joesley trabalhava com a tese de que os delatores não eram obrigados a
repassar à PGR gravações e documentos nos quais julgavam não haver
indícios de crimes. Os procuradores entendem que cabe a eles dizer se e
onde há problemas.
Folha de S.Paulo