Uma tragédia que atingiu duas famílias foi registrada na tarde da última terça-feira (12) na cidade de Parambu, na Região dos Inhamuns (a 390Km de Fortaleza), quando três crianças que se divertiam em um açude local caíram nas águas após a canoa em que estavam virar.
Apenas uma delas sobreviveu ao ser resgatada por um agricultor. As outras duas,
de 10 e 11 anos, desapareceram e os corpos não foram, ainda, localizados pelos
bombeiros e voluntários.
O caso aconteceu por volta de
13h30 de ontem, quando as três meninas foram se divertir no Açude do Recreio,
localizado a cerca de 15 quilômetros de distância da sede do Município.
Elas estavam na canoa, já quase no meio do açude, quando a pequena embarcação
virou.
Um agricultor presenciou a cena
e, imediatamente, entrou nas águas e nadou em socorro das garotas, que gritavam
por socorro. Ele conseguiu salvar uma das três. As outras duas desapareceram.
Logo, dezenas de voluntários passaram a ajudar nas buscas. Militares do Quartel
do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) da cidade de Crateús foram acionados.
No entanto, os militares chegaram
no local e informaram que estavam sem os equipamentos necessários para
mergulho, pois os mesmos haviam sido enviados à Capital para manutenção.
Corpos localizados
No final da tarde, as
buscas foram oficialmente suspensas. No entanto, um grupo de pescadores da
região decidiu continuar os mergulhos durante a noite, por conta própria. E por
volta de 21h50, eles encontraram o primeiro corpo, o da garota Jaqueline de
Freitas Oliveira, de 11 anos. Em seguida, às 23h40, foi localizado o corpo de
Marliete Souza de Mesquita, de 10 anos.
Os corpos foram levados,
inicialmente, para o Hospital Municipal de Parambu e de lá encaminhados pelo
Rabecão para o Núcleo da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) de Tauá. O
velório das duas crianças vai acontecer na tarde de hoje na Escola de Ensino
Fundamental Cícero Ferreira dos Santos, situado no bairro Beleza, onde elas
estudavam.
Tragédia em dose dupla
Outro fato triste na história
trágica de uma das famílias foi contada pelo agricultor Genildo Mesquita de
Oliveira, pai da menina Marliete. Há alguns anos, ele perdeu outro filho, de 11
anos, nas mesmas circunstâncias, isto é, vítima de afogamento.
Fernando Ribeiro



