Dois homens suspeitos de comercializar drogas em praias do litoral cearense foram presos. Após três meses de investigação, no último sábado (28), policiais civis da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) e do 15º DP (Cidade 2000), capturaram Matheus Oliveira da Silva e Francisco Hélio Forte Viana Filho.
Ontem, em coletiva de imprensa na sede da Deprotur, a titular da
Especializada, delegada Roberta Frota, afirmou que a dupla mantinha
guardados em uma residência na Caucaia, Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF), 145 quilos de maconha, 500 comprimidos de ecstasy,
doses de uma substância anestésica para misturar cocaína, uma balança de
precisão e alguns pontos de LSD.
Conforme Roberta Frota, os suspeitos vendiam entorpecentes em
Jericoacoara, Canoa Quebrada e Praia do Futuro. Nas últimas semanas, a
dupla teria dado início a venda das drogas em ruas do bairro Papicu.
"Nós sabemos que o tráfico também acontece em regiões turísticas. Há
algum tempo já vínhamos tentando fazer o flagrante dessa dupla. Os dois
possuem antecedentes criminais. Contra o Matheus já havia um mandado em
aberto e ele já utilizava tornozeleira eletrônica", contou a titular da
Deprotur.
Sidney Lira, delegado titular do 15º DP, lembra que a localização da
dupla foi possível após o recebimento de uma denúncia anônima. Lira
contou que o denunciante alertou a Polícia para o local de armazenamento
dos entorpecentes. Até então, a suspeita era que a dupla retirasse as
drogas do local em pouca quantidade e distribuísse em pontos onde se
concentram turistas.
"A Praia do Futuro é uma área do 15º DP e um dos locais dessa
comercialização. Posteriormente, soubemos que eles também vendiam em
outras áreas do Papicu. A família do Matheus morava na casa onde toda a
droga foi encontrada. O Hélio é apontado como o braço direito do
Matheus. A droga pertencia aos dois", disse Sidney Lira.
Conforme a titular da Deprotur, a dupla disse que não pertencia a
nenhuma facção criminosa e também não informou desde quando tempo
comercializava os entorpecentes. Segundo Roberta Frota, até o momento,
não há suspeita de mais pessoas envolvidas no crime, no entanto, a
investigação continua.
"Eles não contaram como as drogas chegaram ao nosso Estado. Sabemos que
junto ao tráfico vêm outros crimes, como por exemplo, o roubo. As
investigações permanecem e eles devem responder por tráfico de drogas e
associação criminosa", acrescentou Roberta.
Diário do Nordeste