A Prefeitura de Tauá aproveitou o
final de semana prolongado para demitir centenas de servidores temporários
lotados na Secretaria de Educação. A notícia provocou um clima de apreensão e
incerteza nas escolas da sede e zona rural do município.
Os servidores temporários foram
contratados para começarem a trabalhar no mês de agosto e estão sendo demitidos
sem receberem nenhum pagamento.
A Secretaria de Educação
encaminhou envelopes às escolas da sede contendo ofícios endereçados aos
servidores que estavam sendo demitidos de suas funções. No feriado de
quinta-feira, 12, técnicos da secretaria saíram pelo interior do município para
entregar os comunicados de demissão nas residências dos funcionários.
Por meio de comunicado “curto e
grosso”, a Prefeitura simplesmente afirma não ter mais interesse na
continuidade dos serviços prestados pelos servidores e informa que os dois
meses de salários atrasados (afora os primeiros 10 dias de outubro), serão
pagos em 4 parcelas, a partir do mês de novembro.
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Rescisão de contrato sem
pagamento do salário atrasado
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Entre os demitidos estão, agentes
administrativos, vigias, auxiliares de serviços gerais, porteiros e
merendeiras. A medida pode comprometer o funcionamento das escolas já que em
vários estabelecimentos de ensino, somente os concursados e efetivos não são
suficientes para atender as demandas e as carências das escolas.
Critérios para demissões
Ainda não está claro qual foi o
critério utilizado pelo prefeito Carlos Windson para definir quem está sendo
demitido. Os servidores questionam se está sendo levando em consideração o
resultado do processo seletivo realizado pela gestão atual no final do primeiro
semestre já que as contratações foram realizadas obedecendo a ordem de
classificação do processo.
Demissões também acontecerão
na Secretaria de Saúde
A decisão de promover demissões
foi tomada pelo prefeito Carlos Windson e seus secretários, também atingirá a
Secretaria de Saúde.
Pessoas ligadas a gestão
municipal falam que nas pastas da Educação e Saúde, as demissões deverão
atingir 500 pessoas.
Pagamento evita greve na Saúde
Sem receberem pagamento desde o
mês de agosto passado, os proprietários de veículos contratados pela Prefeitura
de Tauá para o transporte dos profissionais que atendem nas unidades do
Programa Saúde da Família, ameaçaram paralisar as atividades a partir desta
segunda-feira, 16, mas diante da pressão feita pela categoria na semana passada,
os prestadores de serviço receberam o pagamento referente ao mês de agosto.
Eles alegam dificuldades para
cumprirem suas responsabilidades no pagamento das dívidas contraídas junto aos
postos de combustíveis, autopeças, oficinas mecânicas e a maioria fez
financiamento bancário de seus veículos e sem receber o pagamento a situação se
agrava.




