O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes concedeu 
nesta terça-feira (31) liminar que mantém preso no Rio de Janeiro o 
ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), condenado a 58 anos e dois meses de 
prisão em duas ações penais da Operação Lava Jato. A decisão suspende a 
transferência para o presídio federal de segurança máxima em Campo 
Grande (MS).
Gilmar Mendes é o relator do recurso, uma vez que é o responsável na 
Corte pelos casos da Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato no
 RJ. O habeas corpus foi apresentado ao STF pela defesa de Cabral, ontem
 (30).
A transferência do ex-governador foi determinada pelo juiz da 7ª Vara 
Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, que acatou pedido do
 MPF (Ministério Público Federal), no dia 23 deste mês. A solicitação 
foi feita depois que Cabral mencionou informações pessoais sobre Bretas 
durante interrogatório na 7ª Vara, em processo referente a suposto crime
 de lavagem de dinheiro a partir da aquisição de joias e pedras 
preciosas.
Na ocasião, o peemedebista afirmou que a família do magistrado seria 
proprietária de negócio no ramo de bijuterias. Repreendido pelo juiz, o 
político respondeu: "São as informações que me chegaram".
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