Integrantes do PMDB aprovaram, em convenção nacional extraordinária
nesta terça-feira (19), a mudança do nome da legenda, com a retirada da
letra “P”, que significa a palavra partido. A partir de agora, a legenda
volta a ser chamada pelo nome original: MDB – Movimento Democrático
Brasileiro.
Em agosto, o presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), já havia
anunciado a intenção de alterar o nome. À época, ele afirmou que o objetivo da mudança era “ganhar as ruas”. Para oficializar a decisão, era necessário o aval dos peemedebistas, em votação feita em convenção nacional.
“O MDB seguirá no rumo da mudança que nos transformará novamente em um
grande e novo movimento. Não é uma volta para o passado, mas um passo
gigantesco para o futuro”, disse Jucá, em discurso aos colegas de
partido.
Movimento Democrático Brasileiro era o nome da agremiação antes de
1980, quando, ainda durante a ditadura militar, foi adotado o
pluripartidarismo.
O resgate da sigla MDB faz parte de uma estratégia dos peemedebistas de
diminuir o desgaste do PMDB e da política partidária junto à sociedade.
Vários integrantes da cúpula do partido, entre eles o presidente,
senador Romero Jucá, são alvo de investigações em escândalos de
corrupção.
Entre as intenções dos peemedebistas com a retomada do MDB, está a de
recordar a imagem de figuras, como Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela,
protagonistas da luta pela redemocratização do país.
Em entrevista, Jucá disse que a volta ao MDB não é “para esconder” eventuais irregularidades.
“Qualquer coisa que seja investigada será respondida e cada um é,
individualmente, responsável por aquilo que tenha feito de equivocado. O
partido não tem nada a ver com isso, está tranquilo e vai disputar as
eleições de cabeça erguida. Não temos nenhum tipo de vergonha”, disse.
De acordo com a assessoria de Jucá, a mudança de nome vai ser
comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o Judiciário
entrará em recesso, a Justiça Eleitoral só deve oficializar a alteração
em fevereiro.
G1



