Nesta quinta-feira 14, os aliados do presidente da Argentina,
Maurício Macri, tiveram de recuar e suspender a votação do projeto de
reforma da Previdência enviado pelo Executivo. Após violentos confrontos
entre manifestantes e policiais do lado de fora do Parlamento, o
presidente da Câmara, Emilio Monzó, optou por encerrar a sessão, apesar
de contar com quórum suficiente, de 129 deputados.
Os incidentes aconteceram nos arredores do Congresso, quando dezenas
de milhares de argentinos se reuniam para pedir aos legisladores a
rejeição da proposta da Casa Rosada para reduzir o déficit fiscal.
De acordo com opositores, a medida implicará, no longo prazo, na desvalorização dos benefícios. Ao indexar o reajuste à inflação, e não mais à arrecadação, o governo prevê uma economia de até 100 bilhões de pesos argentinos (cerca de 19 bilhões de reais), pois as aposentadorias não aumentarão mais no mesmo ritmo das receitas.
Com o novo cálculo, o próximo reajuste, em março, seria de 5,7%, contra 12%, segundo a oposição. O governo insiste que a reforma é fundamental para reduzir o déficit fiscal.
* Com informações da AFP.



