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João Victor é o segundo da direita para a esquerda. Cearense coleciona diversas aprovações e medalhas. (FOTO: Arquivo Pessoal) |
Esse texto é para atualizar as definições de genialidade no Ceará. Com apenas 16 anos, João Victor Pimentel é um dos grandes nomes da terrinha pelas olimpíadas e vestibulares do Brasil.
Ainda no 2º ano do Ensino Médio, o aluno do Farias Brito já conseguiu
inúmeras conquistas. Só em 2017, foram sete medalhas e quatro aprovações
em vestibulares. A mais recente, a vaga conquistada no Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o mais difícil do país.
O cara é um atleta olímpico mesmo. Mas do esporte
dos livros, na sala de aula, nas provas, viu? O cearense conta um pouco
da rotina que é de muito estudo, claro. “No começo do ano, eu estava
estudando para a Olimpíada Internacional. Não sei quantas horas de
estudo por dia, mas bastante. Com essas aulas seletivas, o dia todo.
Depois chegava em casa e estudava de novo”, confessa.
Mesmo sendo tão aplicado nas fórmulas, cálculos e leituras, João
Victor revela que não é lá muito organizado com horários. Parece algo
meio instintivo: é só ter um tempo que ele vai lá e abraça os livros.
“Não sou muito organizado quanto a horário de estudo. Eu estudava um
tempo e ia dormir. Mas muito tempo seguido não. Até porque o horário da
aula mudava. Tem dia que não tem tanto tempo pra dormir também. Mas,
geralmente, tento dormir 8 horas. Quando tem muita aula, não dá tempo
não”, explica aos risos.
Perguntado sobre quantas e quais conquistas, como olimpíadas e
vestibulares, ele conseguiu aprovação e medalhas, a resposta não poderia
ser mais cearense. “Vixe!” e, mais uma vez, soltou o riso.
“Essa do ITA, no fim de 2017, e da Olimpíada Internacional de
Química… Eu gosto de todas as disciplinas, principalmente das exatas:
Física, Química e Matemática. Pretendo cursar, mas esse ano vou
continuar no colégio, pois quero seguir com as olimpíadas no terceiro ano e tem a possibilidade de eu querer estudar no exterior. Ainda não sei. Mas se passar de novo (no ITA), provavelmente vou para lá”, confessou o estudante.
Diante da exatidão de tantos números e fórmulas, João Victor continua
indeciso sobre o futuro. Como é que calcula as probabilidades de
carreira profissional pra esse menino?
“Só conheço o exemplo de pessoas que foram (para os Estados Unidos).
Preciso pesquisar os cursos que eu faria e ter uma ideia de quais são as
melhores, de quais oferecem bolsas, uma série de questões. Mas tem
gente do Brasil indo pra Stanford, pro MIT, etc”, disse João Victor,
revelando mais uma possibilidade.
João Victor também tem uma vida fora dos estudos, claro. Ele conta que costuma sair com amigos, ir ao cinema, frequenta academia e curte Netflix. Mas para levar a rotina pesada de estudos, além de se distrair um pouco, também precisa da ajuda na escola e em casa.
“O colégio me apoia bastante. Eles fazem de tudo para me dar suporte
quanto a horário, os professores e coordenadores também ajudam. Já em
casa, meus pais me incentivam muito, principalmente meu pai, Francisco Pimentel, que foi do ITA.”
Coordenador das turmas ITA, IME e de olimpíadas do Farias Brito,
Teixeira Júnior explica que não é comum um aluno passar em vestibulares
tão difíceis, mas que isso vem se tornando recorrente na escola.
“Não é algo usual, são raros os casos, mas já tem sido uma rotina
aqui. Nós já tivemos alunos aprovados no ITA em outros anos. O que
demonstra que a metodologia de ensino vem se tornando uma constante no
Farias Brito”, disse Teixeira. Ele ainda explica que, caso o aluno tenha
conquistado vaga em alguma Instituição de Ensino Superior antes de
concluir o ensino médio, precisa procurar a escola e a Secretaria de
Educação para fazer provas e, caso seja aprovado, receber a
documentação.
A verdade é que, pelas contas da repórter, que contou e recontou as
aprovações, João Victor não deve ter muito trabalho para conseguir ser
aprovado novamente no ITA. Ele é tão craque nisso, que os ouros em
olimpíadas e aprovações extrapolam o limite de um parágrafo
convencional. Por isso, vai a lista abaixo.
Em 2017, no 2º ano do Ensino Médio:
Aprovação no Instituto Tecnológico da Aeronáutica
Três aprovações em Medicina na Unifor
Ouro na Olimpíada Brasileira de Robótica
Ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
Ouro na Olimpíada Brasileira de Química
Ouro na Olimpíada Nacional de Ciências
Ouro na Olimpíada Brasileira de Física
Prata na Olimpíada Internacional de Química
Prata na Olimpíada Ibero-Americana de Química
Três aprovações em Medicina na Unifor
Ouro na Olimpíada Brasileira de Robótica
Ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
Ouro na Olimpíada Brasileira de Química
Ouro na Olimpíada Nacional de Ciências
Ouro na Olimpíada Brasileira de Física
Prata na Olimpíada Internacional de Química
Prata na Olimpíada Ibero-Americana de Química
Em 2016, ainda no 1º ano do Ensino Médio:
Ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia
Ouro na Olimpíada Brasileira de Física
Ouro na Olimpíada Brasileira de Química
Ouro na Olimpíada Brasileira de Física
Ouro na Olimpíada Brasileira de Química
Tribuna do Ceará