Após a Chacina das Cajazeiras, episódio histórico e sintomático da
violência no Estado do Ceará, que ganhou repercussão internacional com a
morte de 14 pessoas em uma briga de facções, o governador Camilo
Santana decidiu montar uma força-tarefa envolvendo vários órgãos.
A ação pretende coibir as possíveis consequências da chacina e tentar
chegar aos envolvidos, já que, até agora, somente um suspeito foi preso.
O governador deve anunciar as medidas ainda na manhã deste domingo
(28).
No último sábado, ele se posicionou em sua página no Facebook sobre o
caso, considerando a chacina um "ato selvagem e inaceitável". Ainda
ontem ele convocou o secretário de Segurança,André Costa, e a cúpula da
SSPDS. "Determinei rigor absoluto nas investigações e busca incessante
dos criminosos, para que todos os envolvidos sejam identificados e
presos o mais rápido possível. Não aceitaremos de forma alguma que esse
tipo de barbárie fique impune", disse na ocasião.
A chacina aconteceu por volta de 0h30 do sábado (27), quando jovens
estavam se divertindo numa festa popular do bairro, chamada "Forró do
Gago". Segundo a polícia, três carros com homens fortemente armados
chegaram ao local e fizeram disparos. Eles seriam da facção Guardiões do
Estado (GDE) e a ordem seria matar os membros do Comando Vermelho (CV).
No entanto, parte das pessoas mortas não teriam nenhuma ligação com o
crime organizado. A maioria das vítimas são mulheres.
Diário do Nordeste