Escola de samba do Rio retrata Michel Temer como vampiro

 
 
 As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro incendiaram o sambódromo neste domingo, 11, na primeira das duas noites de desfile, que teve conotação de crise política e social.
Carros que criticavam o prefeito evangélico Marcelo Crivella, que cortou a verba para os desfiles, ou exibiam o presidente Michel Temer como um vampiro foram alguns dos destaques da noite.
 
A Paraíso do Tuiuti apresentou um enredo com o tema “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, que lembrou que, este ano, completam-se apenas 130 anos desde o fim desta forma de exploração humana no Brasil, sem que suas sequelas tenham sido eliminadas.
 
Várias alas foram dedicadas a lembrar este fato, como o alto nível de desigualdade social, a exploração do trabalho rural e em oficinas industriais, e o trabalho informal. Também denunciaram a recente reforma trabalhista, que flexibilizou as normas de contratação e demissão.
 
Em um dos carros alegóricos, uma figura de “Drácula” ganhou os traços do presidente Michel Temer. Apesar da clara referência ao emedebista, o destaque do carro, um homem pálido e vestindo terno e uma faixa presidencial verde e amarela cheia de cédulas de dinheiro, foi chamado oficialmente pela escola de “Vampiro do Neoliberalismo”.
 
O protesto “é um caminho que as escolas retomam, porque têm um papel social: reivindicar a voz das pessoas mais pobres”, disse o professor de história Leo Morais, 39, que interpretou o Drácula.
 
O POVO Online

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