O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse, nesta terça-feira (6), que trabalha para conseguir os votos para aprovação da reforma da Previdência
no dia 19 de fevereiro. “Não vou mentir para a sociedade: hoje não tem
308 votos. Agora, o Brasil é um país em que as coisas mudam com tanta
rapidez. Quem sabe a gente consegue, depois do carnaval, todo mundo
descansando um pouquinho, construir uma maioria para aprovar aquilo que
for possível”, disse o deputado, após participar de reunião com o
prefeito João Dória, na sede da prefeitura, no centro da capital
paulista.
Maia negou que esteja contra a aprovação da reforma e pediu paciência.
“Tenho clareza da minha posição. Não escondo de ninguém que sou a favor e acho que é único caminho que
o Brasil tem para voltar a gerar empregos nesse país. Se a gente quer
fazer a coisa séria, vou continuar defendendo. Agora a construção da
maioria é lenta, porque nós temos hoje uma sociedade que ainda não
compreendeu que a reforma do regime geral do INSS [Instituto Nacional do
Seguro Social] é positiva. Ela compreendeu a do serviço público”,
apontou.
João Dória destacou que a proposta de reforma da Previdência do
município, que está na Câmara de Vereadores, foi tema da reunião.
“Espero que possam obter resultados positivos para que a Previdência do
município seja bem implantada e garanta recursos para que a cidade de
São Paulo tenha possibilidade de investir e priorizar a área social”,
defendeu. Maia avaliou que o modelo de fundo próprio é o caminho mais
adequado. “Que a Previdência seja um fundo que gere as condições de ter a
sua estabilidade e o Tesouro não fique a transferir recursos para esse
fundo”, declarou.
Eleições
Maia confirmou que o debate eleitoral também foi pauta do encontro. “O que tenho dito a todos é que o nosso partido Democratas não vai fazer nenhum tipo de ligação
da eleição regional, da nacional. Nós entendemos que o projeto político
regional é separado”, declarou. Ele destacou que a relação entre o
Democratas e o PSDB em São Paulo é uma relação natural. “Essa separação
dos dois processos é para que nenhum precise contaminar o outro”,
destacou.
O deputado avaliou que o cenário político está aberto para que os
partidos decidam sobre projetos e candidatos majoritários. “Tirando o
presidente Lula, não há nenhuma candidatura hoje consolidada, então, se
nós deixarmos que os diretórios regionais decidam os seus projetos, acho
que o DEM tem condição de tentar viabilizar o seu projeto nacional
também”, disse Maia, sem confirmar que poderá sair candidato à
Presidência da República. “O partido vai decidir a partir de março.
Agora, estou focado na pauta da Previdência”, apontou.
Diário do Nordeste



