O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (16), no Palácio do
Planalto, o decreto de intervenção federal na segurança pública no
estado do Rio de Janeiro.
O decreto chegou à Câmara dos Deputados na tarde desta sexta e foi
protocolado por um funcionário da Casa Civil na Primeira Secretaria da
Câmara.
A medida prevê que o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do
Comando Militar do Leste, será o interventor no estado. Ele assume até o
dia 31 de dezembro de 2018 a responsabilidade do comando da Secretaria
de Segurança, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema
carcerário no estado do Rio.
A intervenção já está em vigor, porém o decreto precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Em discurso na solenidade, Temer comparou o crime organizado que atua
no Rio de Janeiro a uma metástase e que, por isso, o governo federal
tomou a decisão de intervir no estado.
"O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É
uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso
povo. Por isso acabamos de decretar neste momento a intervenção federal
da área da segurança pública do Rio de Janeiro", completou Temer.
O presidente afirmou que o momento pede uma medida "extrema". Ele
ressaltou que o governo dará as respostas "firmes" para derrotar o crime
organizado.
"Tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim exigem. O
governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providêncais
necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as
quadrilhas", disse Temer.
Ele também afirmou que a intervenção federal tem o objetivo de
"restabelecer a ordem". O presidente informou que enviará ainda nesta
sexta ao Congresso o ato e que a intervenção tem "vigência imediata".
"Não podemos aceitar passivamente a morte de inocentes, e é intolerável
que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores,
policiais, jovens e crianças, e vendo bairros inteiros sitiados, escolas
sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras", disse
Temer. Por isso, chega, basta. Nós não vamos aceitar que matem nosso
presente nem continuem a assassinar o nosso futuro", concluiu.
G1