Foram apreendidos 150 bananas de
dinamite. Dois criminosos conseguiram fugir
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Um suposto confronto entre uma quadrilha de
roubos a caixas eletrônicos e policiais militares terminou
com sete suspeitos mortos na noite desta
quarta-feira, em Campinas, em São Paulo. Nenhum policial foi
ferido. De acordo com a polícia, foram apreendidos 150 bananas de dinamite,
metralhadoras, fuzis e pistolas nos carros em que estavam os assaltantes. Dois
suspeitos conseguiram fugir.
Os policiais conseguiram interceptar a ação do grupo após receberem uma carta anônima. O texto dizia que o grupo estaria a caminho do município de Joanópolis, a cerca de 115km de Campinas, parar explodir caixas eletrônicos.
Os policiais conseguiram interceptar a ação do grupo após receberem uma carta anônima. O texto dizia que o grupo estaria a caminho do município de Joanópolis, a cerca de 115km de Campinas, parar explodir caixas eletrônicos.
Um cerco foi montado pela polícia numa estrada rural no distrito Joaquim Egídio, no limite entre Campinas e Valinhos. O confronto ocorreu no local após os criminosos, que estavam em dois carros, não terem obedecido a ordem de parada.
Além de policiais militares, participaram
da ação agentes da Polícia Civil de São Paulo. Uma equipe antibomba do Grupo de
Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamada para recolher o armamento pesado
apreendido.
Enquanto o governador de São
Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) trabalha para usar a segurança pública como um
ativo da sua provável candidatura para a Presidência da República, ele tem que
lidar com acusações de excessos cometidos pelas polícias do estado.
LETALIDADE POLICIAL
Em setembro do ano passado, em
outro confronto com suspeitos que não deixou nenhum policial ferido, dez homens
acusados de fazer parte de uma quadrilha de assaltantes de casas foram mortos
no Morumbi, bairro nobre da capital paulista.
Na ocasição, a polícia afirmou
que investigava o grupo havia meses e que montou um cerco para evitar um roubo
a uma mansão. Oito criminosos foram baleados dentro dos carros que ocupavam,
enquanto outros dois tentaram escapar correndo e foram atingidos na rua.
Em outro caso, em setembro de
2012, nove homens foram mortos em uma operação das Rondas Ostensivas Tobias de
Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista. Os policiais cercaram um sítio
em Várzea Paulista, onde uma facção criminosa planejava fazer o julgamento de
um estuprador. Outros cinco suspeitos foram presos.
A operação levou o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) a defender a ação policial, com uma declaração que gerou
repercussão na época:
— Quem não reagiu está vivo. Em
um carro (tinha) quatro (suspeitos), dois morreram e dois estão vivos (porque)
se entregaram.
Um dos casos mais emblemáticos de
violência policial ocorreu em março de 2002, num episódio que ficou conhecido
como operação "Castelinho". Policiais militares mataram 12 suspeitos
em uma praça de pedágio da Rodovia Castelo Branco em março de 2002. Eles
acabaram sendo absolvidos pela Justiça em 2014.
Os policiais se infiltraram em um
grupo criminoso e, segundo denúncia do Ministério Público (MP), convidaram os
criminosos para um roubo de avião que pousaria em Sorocaba, no interior, com R$
28 milhões. Para os promotores, tratava-se de um plano para executar os
criminosos. No dia combinado para o roubo, a polícia montou uma operação na
praça de pedágio. Houve troca de tiros, e todos os suspeitos, que estavam em carros
e um ônibus, morreram.
O Globo



