Denúncia do Sindicarga acusa ainda a PM de nada ter feito para
recuperar os aparelhos, que teriam sido levados para a Favela da Maré, na Zona
Norte.
Três homens roubaram celulares de
última geração no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na
Ilha do Governador, na noite do último domingo (15). A carga foi levada de
galpão da Gol para a Maré, conforme registrado pelo dispositivo de segurança
dos aparelhos, mas a Polícia Militar teria informado que não tinha como
recuperá-los.
O diretor de segurança do
Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio (Sindicarga),
coronel Venâncio Moura, fez a denúncia nesta quarta-feira (18). Segundo Moura,
o lote roubado é de aparelhos Samsung Galaxy S9 e vale um milhão de dólares, o
equivalente a R$ 3,4 milhões. O modelo ainda será lançado no Estado.
Como foi o assalto
“Três marginais entraram
facilmente no Terminal de Cargas do Galeão e roubaram um milhão de dólares em
celulares de última geração. O empresário se cercou de todos os cuidados,
transporte aéreo, ia ser transportado por um caminhão blindado e, no entanto, os
marginais foram lá, entraram no terminal e levaram toda essa carga”, contou
Venâncio.
De acordo com o coronel, os
bandidos chegaram em um caminhão, vestidos com uniformes semelhantes aos usados
pelos empregados do terminal de cargas, armados com pistolas. Os criminosos
ameaçaram os funcionários, que foram trancados em uma sala, enquanto eles
roubavam as caixas dos celulares.
Por causa do rastreador do
celular, o Sindicarga descobriu que os aparelhos foram levados para a favela
Nova Holanda, no Complexo da Maré. Os celulares vieram do Espírito Santo e
constavam da primeira remessa enviada para o Rio de Janeiro.
A concessionária RIOgaleão disse,
em nota, que está à disposição para apoiar as investigações dos sobre o assalto
ocorrido no último domingo, 15 de março, no terminal de cargas das companhias
aéreas nacionais.
A Polícia Militar informou que só
foi acionada para o roubo de carga no aeroporo na noite de segunda-feira (16) e
o contato não foi feito pelo 190, e sim por meio informal. A corporação informou
ainda que, diante das informações de que a carga estaria na Maré, o comandante
do batalhão teve que ver a melhor forma de proceder, porque já havia passado o
tempo hábil e precisavam preservar a segurança dos moradores e acrescentou que
há um protocolo de segurança na comunidade que tem que ser seguido.
Já a Polícia Civil informou que o
roubo foi registrado na Delegacia de Atendimento Policial do Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), “mas o procedimento foi encaminhado
para Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), que prosseguirá com as
investigações”.
G1