Em reunião com o Ministério Público Federal no Ceará (MPF) para tratar
do preço dos combustíveis no Estado, na manhã desta segunda-feira (2),
representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de
Petróleo do Ceará (Sindipostos) alegaram que os custos logísticos e a
carga tributária, em particular o ICMS, estão entre os principais
fatores que impactam no valor da gasolina.
Na ocasião, o procurador da República Oscar Costa Filho também
questionou o sindicado sobre denúncias de suposta cartelização nos
preços dos combustíveis pelos estabelecimentos. Ao negar a prática, a
advogada do Sindipostos, Samara Dias, disse que o que há é “paralelismo
de ação”, quando estabelecimentos próximos, de uma mesma região, tendem a
praticar preços semelhantes para não perder clientes. Dias sugeriu
ainda que o MPF ouça dos distribuidores em operação no Estado.
Segundo Oscar Costa Filho, a intenção do MPF é a proteção do consumidor,
que para ele acaba ficando desamparado ante os altos preços praticados
no Ceará. Agora, o MPF deverá ouvir representantes da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para tratar do assunto.
Diário do Nordeste