O Ceará foi o único estado da região Nordeste a reduzir a extrema
pobreza em 2017, em relação ao ano anterior. Nesse período, o número de
pessoas que vivia com até R$ 85 diminuiu 3,57%, o que significa que
aproximadamente 25 mil pessoas deixaram essa faixa de renda. No Brasil, o
aumento foi de 13,95%, passando de 8,7 milhões de pessoas em 2016 para
10,1 milhões no ano passado.
Os indicadores foram calculados a partir
dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
Anual (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O percentual de pessoas com rendimento até R$ 85 cresceu 13,95% no
Brasil e 17,50% no Nordeste. Já o Ceará foi o único estado do nordeste
brasileiro que reduziu a extrema pobreza”, destacou o governador Camilo
Santana nesta terça-feira (22), na transmissão ao vivo via Facebook.
No Nordeste, os estados que apresentaram os piores resultados foram Piauí (36,36%), Bahia (31,58%) e Sergipe (28,38%).
No País, o Ceará foi um dos cinco estados a reduzir a extrema pobreza –
os demais foram: Rondônia (-13,64%), Amapá (-10,77%), Tocantins (-6,82%)
e Santa Catarina (-6,67%).
Regiões
Do ponto de vista regional, o maior aumento da extrema pobreza em 2017
foi registrado no Sul (22,22%). No entanto essa região tem a menor
proporção de pessoas extremamente pobres do País. As regiões que possuem
mais pessoas nessa faixa de renda, Nordeste e Norte, nessa ordem,
apresentaram as seguintes variações: 17,5% e 11,29%. No Centro-Oeste o
aumento foi de 18,18% e, no Sudeste, de 11,54%.
O analista de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia
Econômica do Ceará (Ipece), Jimmy Lima de Oliveira, afirma que o
resultado é fruto da situação econômica do Estado. “Acreditamos que a
boa situação fiscal e a manutenção dos investimentos públicos, inclusive
na área social, impactam diretamente nesses índices. Agora, vamos
investigar qual renda teve maior peso”, afirma o técnico que é um dos
responsáveis pelo estudo “Extrema pobreza: uma análise comparativa dos
estados brasileiros no período recente”, divulgad pelo Ipece.
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