Mais um diretor de presídio do Ceará foi afastado, em um desdobramento da Operação Masmorras Abertas, na última quinta-feira (10). Desta vez, o alvo do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Controladoria Gederal de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) foi o diretor do Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis), localizado em Itaitinga.
Humberto Vargas Dorneles foi afastado da direção da Unidade por 90
dias, por medida cautelar determinada pela Comarca de Itaitinga, do
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), segundo o promotor do MPCE, Nelson Gesteira.
Além do afastamento do servidor da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus),
a Justiça determinou busca e apreensão na residência do diretor e no
presídio; e quebra dos sigilos bancário e fiscal do investigado.
Durante o cumprimento do mandato, os investigadores apreenderam
computadores, pen drives, documentos e dinheiro em moeda estrangeira
(euro e dólar), que soma R$ 5 mil, convertido. O material será
analisado, afirmou Gesteira.
O promotor afirmou que há indícios de relacionamentos promíscuos de
Humberto Dorneles com presos, em troca de favores - principalmente
vantagens financeiras. Mais detalhes não puderam ser revelados, devido
ao sigilo de Justiça da investigação.
Sete membros da cúpula da Sejus seguem afastados
Sete membros da cúpula da Sejus, alvos da Operação Masmorras Abertas em sua deflagração, no dia 16 de abril deste ano,
seguem afastados, de acordo com Nelson Gesteira. Dois deles chegaram a
ser presos em flagrante, na posse de ilícitos, mas já foram liberados.
Diário do Nordeste