Protestos por justiça e comoção marcam velório de criança que morreu afogada em fossa


O velório de Hannah Evelyn, criança de 4 anos que morreu afogada em uma fossa, aconteceu na manhã desta quinta-feira (24), no parque Santa Maria. Familiares e mães de alunos do CEI Professora Lais de Sousa Vieira Nobre estiveram no local para prestar condolências à família e denunciaram os problemas estruturais da unidade. As informações são do programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT.

“Minha filha falou que já tinha um pequeno buraco no pátio. A diretora já havia enviado vários ofícios à prefeitura. Foi uma tragédia anunciada”, afirmou Leiliane Gonçalves, mãe de Letícia de Sousa, que também caiu na fossa.

Durante o cortejo fúnebre, o carro da funerária parou em frente a escola onde outras mães estavam com cartazes com mensagens de luto e pedidos de justiça para o caso. A dona de casa Solange de Sousa, que também tem filho matriculado na CEI, comentou que todos eventos da escola eram feitos no pátio onde as crianças caíram.

“Toda a movimentação da escola era ali (no pátio). A casinha de brinquedo era ali também. Queremos justiça”, denunciou. Já Cristina Alves, também dona de casa, ressalta que um grupo de mães havia ido à secretaria da Regional 6, responsável pelo bairro, e à Secretaria Municipal de Educação (SME), para pedir melhorias para a escola. “A diretora da escola solicitou uma reforma à prefeitura. Isso poderia ter sido evitado. Queremos o direito dos nossos filhos. Queremos uma educação de qualidade”, ressalta.

Uma criança de 4 anos morreu e três ficaram feridas após cair dentro de fossa na manhã da quarta-feira (23), no Centro Educacional Infantil Professora Lais Sousa Vieira Nobre, no bairro Ancuri, em Fortaleza. Segundo testemunhas, as crianças estavam brincando no pátio da escola quando o piso cedeu.

Embaixo do piso ficava a fossa da instituição, onde as vítimas caíram. De acordo com o Corpo de Bombeiros, dois alunos foram rapidamente socorridos, mas um ficou submerso. A fossa tem 2 metros de profundidade.

A última criança foi socorrida após a chegada da equipe dos Bombeiros. Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram reanimar a criança, mas ela não resistiu.  Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança ficou submersa por 20 minutos com o braço preso dentro da fossa.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que está apurando o fato e acompanhando as investigações periciais e policiais. Além disso, solidariza-se com a dor da família e considera o acidente como uma tragédia inaceitável que merece a mais rigorosa apuração.


Tribuna do Ceará

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