Um vereador do Rio e um ex-policial militar foram apontados por uma
testemunha como mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL),
conforme publicado pelo jornal O Globo na noite desta terça-feira (8).
O homem, que prestou três depoimentos à polícia em troca de proteção,
trabalhou para um grupo paramilitar e passou detalhes de datas, horários
e locais de reuniões em que Marcello Siciliano (vereador pelo PHS) e
Orlando Oliveira de Araújo (ex-PM hoje preso acusado de chefiar uma
milícia) teriam planejado o crime.
Segundo o jornal, a testemunha disse que presenciou quatro conversas
entre o vereador e o miliciano (na época em que este estava foragido) e
forneceu nomes de quatro homens que teriam sido escolhidos para matar
Marielle.
Antes de acusar o suposto esquema para assassinar a vereadora, trabalhou como segurança do ex-policial militar.
O vereador Marcello Siciliano disse em nota que repudia a acusação. “Ela
é totalmente falsa.” A Secretaria de Segurança do Rio não comentou a
revelação feita pelo jornal.
Além da vereadora, o motorista Anderson Gomes foi morto com ela em 14 de
março. O carro foi atingido quando Marielle voltava para casa.
O vereador Siciliano tem como reduto eleitoral o bairro de Vargem
Grande, dominado por milícias, que cobram de comerciantes e moradores
por serviços. Ele já prestou depoimento no caso na condição de
testemunha.
UOL