Aos 20 anos, Arthur Martins Guimarães Vieira deixou Fortaleza nesta
terça-feira, 5, e embarcou para a Rússia, onde irá passar seis anos
estudando Medicina. Longe da família e amigos, o estudante realizará o
sonho em outro continente. “Eu sempre quis ajudar as pessoas, por isso
escolhi o curso”, conta.
Arthur, que estava no
Aeroporto Internacional Pinto Martins acompanhado da mãe Anelyse
Martins, explica que escolheu o país europeu principalmente pela
qualidade de ensino. Ele deixou o Brasil acompanhando uma turma de
jovens de várias cidades brasileiras em busca dos mesmos objetivos. “Eu
tenho uma amiga que foi para lá no começo do ano e me contou bastante
como são as aulas e a cidade. Então decidi que valeria a pena para
mim”.
O estudante foi selecionado para
estudar na Universidade Médica Estatal de Kursk, uma renomada
instituição da Europa e líder de ensino de medicina em inglês. O jovem
relatou para o O POVO Online que recebeu o apoio dos
pais desde o começo e que lá será uma ótima oportunidade de ganhar
experiência de vida, além de ser a realização de um sonho. Ele conta se
sentir preparado para se dedicar e enfrentar o que vier pela frente.
Qualidade e excelência
Mais
de 100 médicos brasileiros já se graduaram pela instituição e agora
atuam em hospitais e clínicas nos quatro cantos do país. Atualmente,
outros 500 estudam medicina na Universidade Médica Estatal de Kursk.
Os
alunos embarcaram com o suporte da Aliança Russa, o representante
oficial das universidades russas no Brasil. A agência é a principal
responsável pelo processo seletivo e por cuidar de todos os trâmites
para que o candidato conquiste a vaga sonhada.
Os
alunos que sonham em estudar na Rússia, precisam desembolsar US$ 3.100
por semestre. O valor inclui seguro médico e moradia universitária.
Sistema de ensino
Para
os estudantes que desejam cursar a universidade em Kursk, é necessário
está atento ao formato de estudo. A carga horária é considerada puxada e
a metodologia no qual os alunos são avaliadas possui um formato
diferente do Brasil. Por lá, os alunos não podem ter faltas ou deixar
matérias não concluídas para os próximos semestres.
O
sistema de notas vai de 0 a 5, sendo no 3 a nota minimamente
satisfatória. O estudante que não atingir o aproveitamento, deverá
refazer aquela aula até obter a nota exigida. Do contrário, não será
considerado apto para fazer as avaliações de final de semestre e exames
gerais.
A universidade é considerada de alta
qualidade, comprovada pela taxa de alunos que são aprovados em sua
primeira tentativa no Revalida, Sistema de Revalidação de Diplomas
Médicos, para atuar no Brasil. 80% dos estudantes conseguem obter o
registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), no mesmo ano em
retornam ao Brasil. O diploma é reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde (OMS). Vale lembrar que a Rússia faz parte do tratado de Bolonha,
fazendo com que o diploma seja reconhecido em todo o continente
europeu.
O Povo