O Brasil da Copa do Mundo vai ser “apresentado” neste domingo no
amistoso contra a Áustria, em Viena. Neymar vai ser titular e, com isso,
o técnico Tite colocará em campo o time da estreia na Rússia. O craque
entrará no lugar do volante Fernandinho e a alteração tornará a equipe
mais ofensiva. Willian e Philippe Coutinho, assim como Gabriel Jesus,
estão mantidos.
No entanto, Neymar não vai jogar toda a partida. Ele ainda não recuperou
a forma física na plenitude e a tendência é que atue durante 60 ou 75
minutos.
“Com certeza ele tem condições de começar jogando. Jogar 90 minutos ou
não depende de como ele vai sentir o jogo, se vai estar cansado ou não,
mas com certeza vai jogar mais tempo do que na primeira partida”, disse o
médico Rodrigo Lasmar.
No último domingo, Neymar atuou durante todo o segundo tempo da partida
em que o Brasil venceu a Croácia por 2 a 0, em Liverpool, na Inglaterra,
e ainda fez o primeiro gol do duelo. Ele não inicia uma partida desde
25 de fevereiro, dia em que sofreu a fratura no pé.
Com a entrada de Neymar e as manutenções de Willian, Gabriel Jesus e
Philippe Coutinho, Tite escala a equipe considerada ideal para a Copa do
Mundo pelo poder ofensivo e por fazer que os adversários,
principalmente os considerados mais fracos, se retraiam. No entanto, o
“plano B”, com Fernandinho entrando para ajudar o setor defensivo, não
será abandonado por Tite e deverá ser utilizado em algumas ocasiões nas
fases de mata-mata.
Philippe Coutinho jogará mais centralizado, “por dentro”, como define
Tite. A principal estrela da seleção ocupará a faixa esquerda do campo.
Willian permanecerá aberto pelo lado direito, com Gabriel Jesus à
frente. Paulinho continuará incumbido da tarefa de jogar entre as duas
áreas do campo.
Para o lateral-esquerdo Marcelo, a mudança em relação ao jogo contra a
Croácia não traz grandes alterações para a seleção. “Não muda a tática,
cada um sabe o seu posicionamento. Tite é o que mais sabe”, afirmou em
entrevista coletiva. “Pode ser que seja um pouco mais ofensivo (o
esquema), mas cada um sabe seu trabalho dentro de campo, onde tem de se
posicionar e existe confiança no companheiro.”
A equipe será mais ofensiva, mas Tite não vai abrir mão de dois aspectos
principais: marcação sob pressão na saída de bola do adversário e
saídas eficientes de bola mesmo quando os times rivais reduzirem
bastante os espaços.
A saída de bola, aliás, foi bastante treinada pela equipe. A
determinação foi que os jogadores girassem a bola com rapidez e se
movimentassem para dar opção ao companheiro e abrir espaço na marcação
adversária. A dificuldade apresentada no amistoso contra a Croácia
assustou o treinador.