A morte de Iago Aguiar Mendes, de 16 anos, deixou dúvidas sobre a segurança dos aparelhos celulares. O
adolescente de Tianguá, no interior do Ceará, recebeu uma descarga do
equipamento quando foi tentar utilizá-lo enquanto estava conectado à energia
elétrica. Casos como este podem acontecer, apesar de não serem tão comuns.
Em fevereiro deste ano, uma jovem
do estado do Piauí também sofreu um acidente parecido. Especialistas afirmam
que o problema está em algumas circunstâncias que o usuário do celular pode
evitar. O professor de Física da Universidade Federal do Ceará, Fernando
Antunes, e o diretor executivo da Associação Brasileira de Conscientização para
os Perigos da Eletricidade (Abracopel), Edson Martinho, contam como prevenir
acidentes.
Evitar utilizar aparelho ligado a
tomada
Apesar da tensão do celular ser
pequena, quando o aparelho está ligado a uma fonte de energia, o risco de
choques elétricos é maior. Utilizar o celular normalmente não é problema e
raramente causará um acidente do tipo. A preocupação de se manter longe do
aparelho enquanto ele está carregando deve ser redobrada quando o usuário
estiver com o corpo molhado ou descalço.
Cuidado com aparelhos piratas
Celulares de marcas aprovadas
pelos órgãos reguladores têm menos chances de provocar acidentes, de acordo com
Edson Martinho. O que ocorre em celulares pirateados é que, com o objetivo de
baratear os custos, alguns dispositivos necessários para a segurança do
aparelho são retirados. Portanto, esse tipo de aparelho não é indicado, pois
seu uso apresenta mais riscos para o usuário.
Atenção para a temperatura
Devido a falhas no sistema, carga
acima do limite ou má qualidade dos elementos componentes da bateria, o celular
pode apresentar uma temperatura elevada. Se o calor for intenso demais,
chegando ao limite do aparelho, a bateria pode explodir. A peça, comumente
composta por Lítio, pega fogo quando submetida a temperaturas muito altas
devido ao poder de combustão do elemento. Desligar o telefone nesses casos é
indicado.