O Ceará é o líder de pedidos de indenização por invalidez do seguro
DPVAT no Nordeste, segundo a Seguradora Líder, que administra o
benefício. Foram 10.631 pedidos de janeiro a junho deste ano. Se
comparado com o mesmo período do ano passado houve redução de 24,45%. Em
2017, de janeiro a junho, foram registrados 14.071 pedidos do
benefício. O Estado só fica atrás de São Paulo (registrou 13.448 casos) e
Minas Gerais (13.113 solicitações).
Se analisadas as indenizações pagas por morte para usuários do Ceará
foram 1.069 de janeiro a junho de 2018. Foi o segundo Estado do
Nordeste, perdendo apenas da Bahia com 1.367 solicitações. Referentes ao
mesmo período de 2017, houve queda de 2,99% dos benefícios pagos no
Ceará com 1.102 pedidos. Neste caso, o Ceará fica atrás também de São
Paulo (2.739 casos), Minas Gerais (2.159 solicitações), Rio de Janeiro (
1.335) e Paraná (1.286).
Quadro geral
No primeiro semestre de 2018, a Seguradora Líder registrou o pagamento
de 169.018 indenizações às vítimas de acidentes de trânsito em todo o
território nacional. O número mostra uma redução de 12% em comparação ao
mesmo período de 2017. Os casos de invalidez permanente representam a
maioria das indenizações, 70%, num total de 118.383, 18% a menos do que
no ano passado. O Seguro DPVAT assegura cobertura por: morte, invalidez
permanente e reembolso de despesas médicas e assistenciais (DAMS).
A região Nordeste foi responsável pela maior concentração das
indenizações pagas no período (31%), seguida das regiões Sudeste (30%),
Sul (17%), Centro-Oeste (12%) e Norte (10%). A região Sudeste representa
49% da frota nacional, enquanto o Nordeste tem apenas 17%, ficando em
terceiro lugar na lista com o número total de veículos do país, segundo o
Denatran.
Seguindo a tendência dos últimos meses, as motocicletas correspondem a
76% das indenizações, apesar de representarem apenas 27% da frota
nacional de veículos. No mesmo período, as regiões Sudeste e Nordeste
concentraram a maior incidência de acidentes com vítimas fatais (34% e
32%, respectivamente). Na primeira região, os automóveis (42%) tiveram
maior participação e, na segunda região, predominaram os acidentes
fatais com motocicletas (67%). A maior parte dos acidentes indenizados
ocorreu no período do anoitecer, entre 17h e 19h59, representando 23%
das indenizações.
O grupo mais afetado por acidentes de trânsito é formado por homens
jovens, em idade economicamente ativa: 47% (cerca de 80 mil) das
indenizações foram para vítimas com idade entre 18 e 34 anos.
Os pedestres aparecem em segundo lugar nas indenizações por acidentes
fatais, 28%, assim como nos acidentes por invalidez permanente, 27%. Os
motoristas representam 54% das indenizações pagas por morte e 59% em
acidentes com sequelas permanentes, predominando significativamente os
motociclistas, 92%.
Diário do Nordeste