Um homem foi ferido por um urso
polar, que acabou sendo abatido, no arquipélago norueguês de Svalbard, no
Ártico, confirmaram neste domingo as autoridades norueguesas.
O homem, funcionário da empresa
alemã Hapag-Lloyd Cruises e de cerca de quarenta anos, trabalhava no navio MS
Bremen no momento do incidente.
No sábado, ele estava a bordo de
um barco com um grupo de turistas para chegar à costa, quando, logo após o
desembarque, um urso polar o atacou “inesperadamente”, explica a empresa.
“O urso foi morto a tiros por
outro funcionário que estava no barco”, explicou à AFP o comissário Ole Jakob
Malmo na ilha de Spitzberg, onde ocorreu o incidente.
A companhia Hapag-Lloyd Cruises
fala de um ato de “autodefesa”. “Lamentamos muito este incidente”, declarou
Moritz Krause, porta-voz da empresa.
A vítima foi “levada de
helicóptero para Longyearbyen (a capital) antes de ser transferida para Tromsø
à noite”, acrescentou Malmo.
Seu estado é estável e ele não
corre risco de morte, garantiu o hospital de Tromsø. Uma investigação também
foi iniciada para determinar as causas do incidente.
Hapag-Lloyd Cruises explica que
recebeu permissão das “autoridades locais” para atracar. Uma autorização
confirmada pelo comissário Malmo.
“Os desembarques só são possíveis
em alguns lugares (no arquipélago)”, acrescentou Krause.
Em Svalbard, os ursos vivem
livremente em todo o território. Durante este tipo de excursão, a empresa deve
ter certeza de ter homens para proteção contra os ursos polares, responsáveis
pela verificação da área antes do desembarque.
Normalmente, “assim que um animal
se aproxima, o desembarque é interrompido imediatamente”, indicou Krause.
Localizado a mil quilômetros de
distância do Polo Norte, Svalbard é o lar, segundo uma contagem de 2015, de mil
ursos polares, uma espécie protegida desde 1973.
Cinco ataques mortais contra
humanos foram contabilizados em quarenta anos. O último ataque fatal remonta a
2011, quando um urso atacou um grupo de 14 pessoas que estava acampando em uma
viagem organizada pela British Columbia School of Exploration. Um britânico de
17 anos morreu e quatro membros da expedição ficaram feridos antes de o urso
ser abatido.
AFP